Categorias: Blog do Crica

Marcus descarta governo

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Mesmo aparecendo em segundo lugar com expressivos 24% no Instituto Multidados, o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, disse ontem (28) ao BLOG que descarta colocar o seu nome como candidato ao governo na eleição do próximo ano. É uma posição coerente, sabe o que é disputar uma eleição majoritária sem recursos e enfrentando uma campanha milionária e ancorada nas máquinas estatal e municipal, como foi a do prefeito Tião Bocalom. Marcus, também, nega ter intenção de ser candidato a vice-governador: “Vice é convidado, não pode se autoconvidar”. Nega, também, que tenha feito qualquer contato neste sentido. Pelo que deixou antever na conversa que tivemos, deverá buscar um mandato de deputado federal ou de deputado estadual, dependendo do cenário político do MDB. E, sobre o MDB, voltou afirmar que não deixará o partido. O que lhe falta é um mandato.


QUEBRA A REALIDADE


Quando se coloca o nome de alguém que não será candidato ao governo numa pesquisa – como o do Marcus Alexandre – não retrata a realidade nos números finais. As pesquisas devem conter apenas os nomes dos que até aqui admitiram disputar o governo: senador Alan Rick (UB), Mailza Assis (PP) e André Kamai (PT). Para se chegar a números reais.


CONTINUA DOBRANDO


Quando se tira o nome do Marcus Alexandre (UB) da pesquisa, o senador Alan Rick (UB) coloca uma vantagem confortável sobre a vice-governadora Mailza Assis (PP) – ele tem 30% e ela18%. Para onde iriam os 24% das intenções de votos do Marcus Alexandre (MDB) na pesquisa, para o Alan ou para a Mailza? Só uma pesquisa que tenha ambos e o candidato do PT, André Kamai, nas cartelas, é que vamos saber.


É O QUE SOBROU


Tirando a atuação da deputada federal Socorro Neri (PP), não há outro mandato a ser destacado na bancada acreana na Câmara Federal. Não conseguiram sair da mesmice de distribuição das emendas parlamentares. No próximo ano tem eleição.


É O QUE JÁ SE DISSE


A pesquisa para o Senado retratou o que já se sabe: com o Gladson Cameli como candidato, dificilmente, uma vaga deixará de ser dele. Os demais, Márcio Bittar (UB), Jorge Viana (PT), Sérgio Petecão (PSD) e Mara Rocha (sem partido), brigam embolados pela segunda vaga. Se o STJ tornar o Gladson inelegível, a briga pelas duas vagas será decidida pelo volume da campanha entre Bittar, Petecão, Mara e Jorge. Não há outro cenário.


CEDO, MUITO CEDO


Toda pesquisa feita este ano sobre as candidaturas de governador e senador, marcará apenas um momento. Não se sabe nem como ficará o cenário do quadro para o Governo e para o Senado. O que vai definir o cenário é como ficará a situação jurídica do governador Gladson. Enquanto isso não acontecer, se ficará sempre no campo das hipóteses. Por isso, é aguardar.


FICAR ESVAZIADA


Pelos comentários que se escuta nos bastidores, a chapa da fusão (em andamento) entre PSDB e PODEMOS, poderá ficar esvaziada. Há conversas importantes de dois de seus membros com um dirigente de outro partido. Na política o candidato vai para onde tiver mais recursos para a sua campanha. Meu pirão, primeiro.


SEIS POR MEIA DÚZIA


Até a oposição chegou a acreditar que o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Joabe Lira (PL), poderia fazer uma gestão melhor do que a do seu antecessor. Começou bem. Mas, se perdeu. E, pelo visto, se trocou o seis por meia dúzia. Não conseguiu nem impor o horário de chegada de cada vereador para abrir as sessões.


COORDENAÇÃO RESTRITA


Só para situar: o professor Carlos Coelho vai apenas coordenar a campanha do senador Márcio Bittar (UB), na região de Tarauacá. Não será o coordenador geral. Registre-se.


SEM JUSTIFICATIVA
A não ser por birra ambiental. Mas não há nada que sustente o não asfaltamento da rodovia entre Porto Velho-Manaus, com tráfego intenso o ano todo, para o veto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, à obra. Não seria preciso derrubar uma árvore. Por conta disso, o Lula tende a levar uma leva surra de votos nos dois colégios eleitorais. Some-se a isso, o Lula estar fazendo um governo bem abaixo do que era esperado, como foi no seu primeiro mandato.


BOA NOVIDADE


A única boa novidade do Alto Acre, é o mandato ativo da vereadora de Brasiléia, Izabelle Araújo (Republicanos), com cobranças corajosas aos que estão no poder municipal. Mandato bajulativo é a pior coisa que pode acontecer na política.


VALE A PENA SER LIDO


O artigo escrito pelo ex-presidente do PT, Cesário Braga, sobre o momento frágil eleitoralmente do seu partido no estado, merece ser lido, por fazer algumas reflexões da atual situação partidária e suas antigas bandeiras. Peguei um ponto, e transcrevo:…..-O discurso das “Florestas em Pé como eixo central já não mobiliza como antes porque os números e a realidade concreta da população não podem mais ser ignorados…… Como é um artigo longo, não há como esmiuçá-lo neste espaço. Mas, concordo com muito do que escreveu.


NÃO SERÁ DESTA VEZ


No quadro que se encontra formado no estado, o PT deve ficar muito longe de vencer a eleição para governador, no próximo ano. A rejeição ao partido ainda é grande, muito grande no Acre.


SOME DO CENÁRIO


O presidente do PODEMOS, Ney Amorim, tem nessa eleição para deputado federal a sua última tábua de salvação para manter seu nome em evidência na política. Vem de duas derrotas seguidas para o Senado. Se emplacar a terceira derrota, vai sumir de cena como muitos outros políticos que ganharam a fama de perdedores. O Ney de hoje não é mais aquele Ney que foi o deputado estadual mais votado. Parece que não atentou para isso, ao se articular mal na base de promessas. É apenas uma observação de quem acompanhou sua carreira desde que começou como deputado.


SABE O QUE É UMA BARRA


Acho muito improvável que o médico Jenilson Lopes (PSB) venha ser candidato ao Senado em 2026, mesmo bem colocado nas pesquisas. Sabe o que é a barra de disputar uma eleição majoritária sem estrutura financeira. É atropelado pelas campanhas poderosas dos candidatos dos partidos grandes. Numa eleição, a verba fala mais alto do que o verbo.


FARINHA APARTADA


Por conta do PCCR, o deputado Adailton Cruz (PSB) e o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, estão com a farinha política apartada. Aliás, esse PCCR da Saúde virou novela.


CHAPA FORTE


Pode anotar: o senador Márcio Bittar (UB) vai conseguir formar do zero no PL uma chapa forte e competitiva para deputado federal. Do zero, ele formou as chapas do União Brasil e Republicanos, que elegeram cinco deputados federais, na última eleição.


FRASE MARCANTE


“Nós sofremos mais na imaginação do que na realidade.” Sêneca.


Compartilhe
Por
Luis Carlos Moreira Jorge