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“Não podemos pagar de vitimismo o tempo todo”, diz Samir Bestene sobre Marina Silva

Vereador Samir Bestene (PP) - Foto: Jardy Lopes
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Durante discurso na tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco nesta quarta-feira (28), o vereador Samir Bestene (PP) criticou a atuação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante audiência ocorrida no Senado Federal na última terça-feira (27), em Brasília. O parlamentar demonstrou insatisfação com a forma como a ministra reagiu a questionamentos feitos por senadores da Região Norte, especialmente sobre obras de infraestrutura.


O vereador Samir Bestene destacou que sempre haverá debates quentes na vida pública. “Ontem à tarde, eu acompanhei a ida da ministra Marina à Comissão de Infraestrutura do Senado e me indago muito, porque se fala muito na ministra Marina Silva. Mas, quando a gente é um agente público, uma pessoa pública — sendo do sexo feminino ou masculino — sempre vão existir debates quentes, sempre haverá questionamentos, como houve ontem.Eu já tive aqui alguns debates nesta tribuna falando sobre essa pauta do ambientalismo, vereador Bruno Moraes, que é algo que nós, que moramos aqui na região Norte, temos que nos questionar bastante. Hoje, nós somos a maior reserva ambiental do mundo. A região Norte é, atualmente, a maior em cobertura florestal, e o Acre é um dos estados com maior número de árvores em pé, proporcionalmente. O Senado aprovou, há pouco tempo, a flexibilização das leis ambientais, e ficam algumas perguntas: como é que o Estado vai crescer, presidente, sem ter estradas? Como é que o Estado vai crescer sem poder produzir? Eu não posso vir aqui a esta tribuna e deixar de parabenizar o governador Gladson Cameli, porque foi na gestão dele que a nossa produção de soja aumentou, que o agronegócio cresceu. Há pouco tempo, vimos os números do desemprego reduzirem aqui no estado do Acre”, declarou.


Bestene alegou que Marina não pode pagar de vitimismo. “A gente não pode, o tempo todo, adotar um discurso de vitimismo. Tenho o maior respeito pela Marina Silva, pela sua história política — veio de Xapuri, é uma pessoa que tem uma caminhada importante —, mas também não podemos, o tempo todo, pagar de vitimismo. Até porque, ontem, ela virou as costas para os senadores”.

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Samir afirmou que a ministra, ao ser confrontada por parlamentares do Amazonas e de Rondônia, deu respostas evasivas e, em determinado momento, teria virado as costas para os senadores, atitude que classificou como desrespeitosa.


O vereador também voltou a questionar o que chamou de “rigidez das leis ambientais”, que, segundo ele, estariam travando o desenvolvimento da Região Norte. “O Acre é um dos estados com maior número de árvores em pé proporcionalmente. Somos a maior reserva ambiental do mundo, mas como crescer sem estradas? Como produzir sem poder ocupar áreas? Precisamos de equilíbrio entre preservação e progresso”, afirmou.


Bestene aproveitou o discurso para elogiar a gestão do governador Gladson Cameli, destacando avanços no agronegócio e a ampliação da produção de soja no estado. Ele também citou a redução do desemprego como um reflexo das políticas voltadas ao setor produtivo.


“Tenho o maior respeito pela história da Marina Silva, que veio de Xapuri, mas não podemos continuar com esse discurso de ambientalismo extremo, enquanto jovens formados aqui no Acre precisam buscar oportunidades em outros estados por falta de desenvolvimento”, disse.


O vereador defendeu obras como a Rodovia Transacreana e criticou falas atribuídas à ministra de que a estrada “serviria apenas para passear”.


“Aqui na Região Norte, vivemos 20 milhões de pessoas. Não tem só árvore, tem seres humanos. Não dá para falar de ambientalismo só da Avenida Paulista ou da Praia do Futuro. Quero ver defender isso em Xapuri, onde a realidade ainda é marcada por abandono”, disparou.


Bestene encerrou seu discurso reforçando que sua bandeira é pelo desenvolvimento sustentável. “Sou a favor do crescimento com responsabilidade ambiental, mas é preciso sair do discurso e ir para a prática. O Acre e a Amazônia não podem continuar parados no tempo”, concluiu.


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