Foto: Sérgio Vale
Durante entrevista ao programa Boa Conversa – Edição Aleac, o deputado estadual Adailton Cruz (PSB) confirmou nesta terça-feira, 27, que os trabalhadores da saúde do Acre irão entrar em greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 17 de junho. Segundo ele, a decisão foi tomada em assembleia geral das categorias, que cobram, entre outros pontos, o envio imediato do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da saúde para a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
“A Assembleia Geral decidiu por unanimidade que a saúde do Acre entra em greve de forma indeterminada a partir do dia 17 de junho. Um dos objetivos dessa greve geral, além da situação do cenário de saúde como um todo que a sociedade está acompanhando, por exigir melhorias, é também que o plano de carreiras da Secretaria de Saúde chegue aqui na Assembleia para ser apreciado, e até o momento não chegou e os prazos já foram extrapolados. Então, as categorias, os sindicatos deliberaram, vão entrar de greve por tempo indeterminado a saúde do Acre inteiro a partir do dia 17 de junho, e eu vou estar junto com a nossa área, com a nossa saúde, porque a causa é justa e eu defendo e apoio”, afirmou o parlamentar.
Foto: Iago Nascimento/ac24horas
O deputado também comentou informações que circulam nos bastidores de que o PCCR estaria atualmente em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE), aguardando o relatório do quadro fiscal para, então, seguir para a Casa Civil e, posteriormente, para a Aleac.
“Eu espero que esses ajustes sejam feitos, porque se não for, a gente vai ter que trabalhar aqui dentro da Assembleia para fazer, porque são ajustes mínimos e cada categoria que pleiteou é justo. A Sesacre, inclusive, reuniu com a equipe e já se comprometeu a fazer esses ajustes. A gente está esperando que até sexta, inclusive, eles concluam. Mas como todos os prazos já foram extrapolados, o limite agora será dia 17 de junho. Então, se o projeto chegar aqui e os ajustes forem feitos, certamente, e às outras providências com relação aos técnicos que a gente trabalha forem feitas, certamente a greve será suspensa. Agora, se não for, vai parar e já está decidido e eu espero que seja. Eu acredito, sim, Marcos, que esses ajustes serão feitos, até porque houve o compromisso da própria gestão, da secretaria, em estar fazendo. Então, a gente está aguardando”, reforçou.
Adailton também foi questionado sobre a possibilidade de o projeto chegar à Aleac sem contemplar os ajustes solicitados pelas categorias. “Chegando aqui, se os apontamentos que foram feitos não tiverem sido corrigidos, e tem uns, inclusive, que são graves, se não for, pode até inviabilizar todo o processo, vamos chamar as categorias, vamos chamar a Casa Civil, a própria Sesacre, a Secretaria de Fazenda, e exigir que sejam feitos os ajustes. Se, em todo caso, persistir, vamos usar os nossos direitos regimentais de apresentar emenda. Mas eu acredito que o projeto deve chegar aqui já com os ajustes feitos. Espero que assim seja e que a saúde adormeça ou suspenda essa espera aí de 25 anos por um plano de carreira digno para cada um”, finalizou.