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Eduardo Ribeiro deixa PSD após carta de Petecão: “saio cheio de gratidão”

Foto: Iago Nascimento/ac24horas
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O deputado estadual e vice-líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Eduardo Ribeiro, participou de uma entrevista ao programa Boa Conversa – Edição Aleac, transmitido pelo ac24horas na manhã desta terça-feira (27). Na conversa, o parlamentar abordou temas importantes, como o andamento da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), as tratativas envolvendo o Porto de Chancay, na costa do Peru, além de anunciar oficialmente sua saída do PSD e comentar sobre o futuro político e os desafios na Assembleia Legislativa.


Logo no início da entrevista, conduzida pelo jornalista Marcos Venícios, o deputado falou sobre a recepção de uma comitiva de empresários peruanos, que veio ao Acre tratar sobre a viabilidade da ZPE. “A nossa torcida é que sim, por isso que o governo está fazendo os movimentos, a Assembleia não é diferente. Vamos estar recebendo hoje uma comitiva de empresários do Peru para ver como é que a gente consegue fazer com que avance a ZPE. A ZPE é um programa de governo que traria muito desenvolvimento para o nosso Estado. Então, a gente está torcendo muito que isso avance cada vez mais e que novos empresários, sejam eles da China, sejam eles do Peru, sejam eles de qualquer parte da América ou da Europa, venham, se instalem e possam estar alavancando a economia do Estado do Acre”, relatou.


Durante a entrevista, o deputado falou sobre informações de bastidores que já circulavam na imprensa local, dando conta de sua saída do Partido Social Democrático (PSD). Eduardo confirmou, de maneira aberta, que recebeu a carta de anuência da legenda, assinada pelo senador e presidente do partido no Acre, Sérgio Petecão.

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“De fato, nós recebemos, na sexta-feira, uma carta de anuência, assinada pelo senador Sérgio Petecão, que é fundador do PSD, onde ele liberou os deputados, no meu caso, não sei o deputado Pablo (Bregense), acredito que também tenha recebido, onde liberou o nosso mandato para que a gente pudesse seguir o nosso caminho. Saio com o coração em paz, com o coração cheio de gratidão, de gratidão ao senador, de gratidão ao partido, ao PSD. Na verdade, o partido está adotando a estratégia de montar uma chapa sem ninguém com mandato, e, por essa razão, acabou querendo liberar os seus parlamentares”, destacou.


“Me restou duas opções. Ou a opção de eu continuar no partido e discutir isso judicialmente, ou a opção de sair pela porta da frente com o coração cheio de gratidão, de gratidão ao senador, de gratidão a todas as pessoas do PSD. E aí, certamente, eu adotei essa segunda opção e saio. Irei agora analisar, conversar com o meu grupo, até muito recente, foi agora sexta-feira, para a gente ver qual é o nosso próximo caminho. Mas saio muito feliz e desejo todo sucesso a um partido que eu tenho muito carinho, que é o PSD”, acrescentou.


Questionado sobre qual será o próximo passo na sua trajetória política, Eduardo afirmou que vai consultar o grupo político antes de escolher uma nova sigla.


“Agora eu vou reunir o grupo, reunir as pessoas, as pessoas que contribuem com o nosso mandato, ouvir a população também. Nós somos um representante do povo acreano, então a gente vai ouvir a população, vai ouvir as pessoas, conversar com as pessoas e tomar essa decisão com muita atenção, com muito carinho. Então é o momento agora de ouvir. Eu estava casado com a noiva ali. Agora eu vou estar em um período de solteirice. Vou esperar para ver qual é o melhor caminho que nós vamos ter, mas isso com a decisão, com muita responsabilidade e ouvindo, sobretudo, a população.”


O deputado também falou sobre a pauta da semana na Assembleia Legislativa, destacando o grande volume de projetos parados nas comissões e as manifestações de servidores da saúde, que cobram melhorias no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).


“Essa semana a gente vê se a gente consegue intensificar a questão das comissões. Nós estamos com muitas matérias nas comissões que precisam ser trabalhadas, matérias de deputados, então a gente precisa avançar nessas matérias e esperar. O governo até ontem não tinha encaminhado nenhum novo projeto. A gente está na torcida que abra essa brecha fiscal, que a gente consiga avançar também em algumas categorias. O governo tem sido sensível nesse ponto, tem ouvido todas as categorias. E o que a gente quer aqui na Assembleia, certamente, é que os projetos do governo que venham para benefício do servidor, a gente certamente vai aprovar”, ressaltou.


Sobre as limitações fiscais enfrentadas pelo governo, Eduardo destacou que a situação exige cautela, mas também sensibilidade social. “O governo tem que olhar com muita atenção. Tem que fazer um estudo, tanto a equipe econômica do governo, quanto a equipe da administração do governo, fazer um estudo para que veja quais são as categorias que estão mais prejudicadas e tentar ajustar, ao menos, minimamente isso. A gente está torcendo que venha, porque pode ocorrer também que o quadrimestre venha ainda acima do limite e não dê para fazer as alterações. Mas, certamente, em algum momento vai ser possível. E, sendo possível, que o governo tenha muita sensibilidade de olhar cada categoria, analisar quais são as categorias que precisam mais e estar encaminhando o quanto antes os projetos para essa casa, para que a gente tenha a alegria de estar aprovando”, encerrou.


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