Desde os seis anos, Rayza Lima cultivava um sonho que parecia distante: ser empreendedora e, através da culinária, homenagear a avó Nena, figura conhecida em Xapuri. Hoje, aos 26 anos, esse sonho virou realidade com a inauguração do Taquara Bistrô, espaço dedicado à valorização da gastronomia acreana e nortista, que já começa a conquistar o paladar e o coração dos primeiros clientes, em Rio Branco (AC).
O sucesso do empreendimento, no entanto, não foi fruto apenas da paixão pela cozinha. Rayza compreendeu cedo que precisava mais do que talento: era necessário se preparar. Buscou, então, orientação no Sebrae, onde aprendeu sobre planejamento, finanças e gestão. “Eu sabia cozinhar, mas não entendia nada de empreendedorismo. Foi no Sebrae que aprendi como estruturar meu negócio com base sólida e propósito”, conta.
A inspiração para o negócio veio da avó, que faleceu quando Rayza tinha apenas seis anos, mas deixou um legado afetivo e gastronômico que marcou profundamente a neta. Nena vendia tacacá na cidade e encantava a todos com sua simpatia e os sabores inconfundíveis. “Minha avó ia ao roçado arrancar macaxeira para fazer o tucupi. Ela mesma pelava o pato. Enquanto ela fazia tudo isso, eu observava, encantada, sonhando em um dia repetir aquele sucesso com os sabores inesquecíveis dela”, lembra Rayza.
O Taquara Bistrô foi pensado como uma homenagem viva às raízes e memórias afetivas da família. O nome remete a um tipo de bambu típico da região e dá vida a uma decoração repleta de elementos que celebram o Acre. Na entrada, quadros com as bandeiras dos municípios do estado recebem os clientes. À direita, uma canoa com a bandeira acreana chama a atenção. Ao fundo, uma parede feita de taquara se impõe como símbolo do espaço e cartão de visitas.
No cardápio, o sabor é protagonista. Tacacá, quibe de arroz e de macaxeira, charuto, saltenha, empada e o prato mais emblemático da casa, pato no tucupi com farinha d’água, resgatam receitas da avó e celebram a cultura alimentar do Acre. “Cada prato carrega uma história, uma lembrança, uma emoção”, explica Rayza.
Em uma visita ao bistrô, o jornalista Kennedy Santos, não abriu mão de experimentar o famoso “Quebe”, como ele gosta de chamar, e, claro, o tradicional pato com farinha puba.
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