Foto: Erlon Rodrigues/PC-AM
A Polícia Civil de Boca do Acre, no estado do Amazonas, a 208 quilômetros de Rio Branco pela BR-317, está à procura de Maicon Alves Bezerra, que está foragido há nove dias após ter cometido um assassinato naquela cidade. O homem, que tem prisão preventiva decretada pela justiça, é acusado de ter matado a facadas o indígena da etnia Apurinã, Wilker Marques Apurinã, de 23 anos.
O crime aconteceu na Rua Rui Barbosa, conhecida como “Rua do Bradesco”, na zona central da cidade, na madrugada do último dia 16. A investigação trabalha com a hipótese de que a vítima pode ter sido morta por engano e que o verdadeiro alvo seria outra pessoa. Organizações indígenas da BR-317 estão mobilizadas, exigindo justiça e a prisão do acusado.
De acordo com o inquérito instaurado na Delegacia de Polícia Civil de Boca do Acre, conduzido pelo delegado Gustavo Kallil, que vem realizando um trabalho elogiado pela comunidade, Wilker Marques Apurinã morava na Aldeia Chaparral, no km 70 da BR-317, trecho Boca do Acre/Rio Branco. Na noite do dia 15 de maio, ele estava na cidade e permaneceu até o início da madrugada, quando foi seguido por Maicon Bezerra, que, após persegui-lo por algum tempo, o atacou na pista da Rua do Bradesco, no centro da cidade. Atingido com diversas facadas, o indígena morreu no local.
Imagens de câmeras de monitoramento instaladas nas proximidades mostram o exato momento em que o indígena é atacado e morto a facadas. Após cometer o crime, Maicon Bezerra fugiu da cidade e tomou rumo ignorado. A principal suspeita é de que ele tenha fugido para Rio Branco, rota mais comum de fuga para quem comete crimes em Boca do Acre, especialmente porque mais de 50% da população local possui parentes na capital acreana.
O delegado Gustavo Kallil segue à frente das buscas, coordenando as diligências para tentar capturar o acusado.