O estado do Acre ocupa a 24ª posição no pilar de infraestrutura do Ranking de Competitividade dos Estados 2024, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Com nota 4,3 em uma escala de 0 a 100, o estado avançou duas posições em relação ao levantamento anterior, mas segue entre os piores do país no quesito.
O ranking avalia diversos indicadores relacionados ao acesso, custo e qualidade dos serviços de infraestrutura, como telecomunicações, energia, rodovias, saneamento básico e transporte aéreo. O estado mais bem posicionado é São Paulo, com nota máxima (100 pontos), enquanto o último colocado é o Pará.
Entre os dados que influenciaram a nota do Acre estão:
• Baixa disponibilidade de voos diretos domésticos (dados da ANAC);
• Custo elevado de combustíveis e de saneamento básico (ANP e SNIS);
• Infraestrutura de telecomunicações limitada, com baixa densidade de acessos e qualidade de serviço comprometida (ANATEL);
• Desempenho abaixo da média na qualidade da energia elétrica (ANEEL);
• Falta de dados atualizados sobre qualidade das rodovias e cobertura de fibra óptica em municípios.
Segundo o levantamento, a deficiência estrutural no estado é reflexo de um padrão nacional: o Brasil investe atualmente pouco mais de 2% do PIB em infraestrutura, um número bem inferior aos mais de 5% registrados nas décadas de 1970.
Além da escassez de investimentos, o relatório aponta falhas na alocação de recursos públicos e deficiências regulatórias como fatores que agravam o problema. A precariedade na infraestrutura impacta diretamente a competitividade dos estados e, por isso, este pilar tem o segundo maior peso (11,6%) na composição geral do ranking.
Destaques do levantamento
• Os indicadores mais críticos para o Acre foram os de qualidade do serviço de telecomunicações, energia elétrica e disponibilidade de transporte aéreo.
• Alguns dados relevantes não foram atualizados por falta de divulgação das entidades responsáveis, como o acesso à energia elétrica e a qualidade das rodovias.
• O ranking deu pesos maiores a indicadores considerados mais estratégicos, como qualidade da energia e telecomunicações.