A grande interrogação

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Tudo o que se tem falado, divulgado, comentado até aqui, sobre o cenário eleitoral do próximo ano da disputa para senador, são baseados em fatos que podem mudar completamente. Tudo vai passar pelo julgamento do governador Gladson Cameli no STJ. Se for absolvido (ele está otimista sobre isso) uma vaga de senador é dele, com a última vaga sendo disputada entre os candidatos Márcio Bittar (UB), Sérgio Petecão (PSD), Mara Rocha (sem partido) e Jorge Viana (PT), numa briga embolada e sem favorito. Se ficar inelegível (fato pelo qual seus adversários ao Senado torcem), é possível que surja mais um nome na disputa, que poderia ser a deputada federal Socorro Neri (PP) ou o deputado Nicolau Júnior (PP) – são hipóteses, apenas. De concreto mesmo, nada vai avançar no cenário para o Senado enquanto não se tiver esse quadro aclarado. Até lá fica a grande interrogação.


VIRA BATE-PAPO


A equipe que cerca a vice-governadora Mailza Assis articula uma reunião de vereadores de todos os municípios, na capital, para tentar interiorizar a sua candidatura ao governo. Fazia sentido se a Mailza tivesse a caneta para atender pedidos, que com certeza serão feitos pelos vereadores. Sem nada na prateleira para oferecer, o encontro se tornará mero bate-papo.


MUITO GRAVE


Nem tentem buscar uma reaproximação do governador Gladson Cameli com o senador Alan Rick (UB). Um senador que tentou engatar uma conversa neste sentido, recebeu um “não” do Gladson. Algo grave deve ter acontecido, para motivar a brusca ruptura de relações.


SEM ALIANÇA


O senador Sérgio Petecão (PSD) nega que tenha qualquer acordo com a federação da esquerda, para dobradinha com Jorge Viana (PT) na disputa das duas vagas ao Senado. Sua presença numa reunião do grupo foi para prestigiar a ministra Marina Silva.


COLOCAR OS DELES


“Não existe diferença entre o Alan Rick e o Tião Bocalom, se um dos dois ganhar a eleição, todos com cargos neste governo estarão fora. O Bocalom ganhou a eleição por causa do PP (máquina do governo), e na formação da equipe do segundo mandato, não chamou ninguém para consulta. Por isso, temos que ir com a Mailza para governadora”. A observação escutei ontem de importante parlamentar da base do governo, ao descartar um Plano B.


BARREIRA QUE IMPEDE


O senador Petecão (PSD) não esconde a sua simpatia pela vice-governadora Mailza Assis, mas, também, ressalva nas conversas reservadas, que a animosidade do grupo político do governo que a cerca nutre a respeito de uma aliança com ele, é a barreira que lhe afasta de uma composição na eleição do próximo ano. “Nem gostam de mim e nem eu deles”, enfatiza sempre Petecão.


OLHO NA GRANA


É compreensível que o senador Alan Rick (UB) espere a decisão da federação PP-UB (ainda em legalização) para saber se será ou não escolhido candidato a governador do grupo. Só se for rifado é que deixará o partido. O butim bilionário do Fundo Eleitoral do União Brasil, é o que ainda lhe mantém no partido.


CIÚME POLÍTICO


O vereador Aiache (PP) disse ao BLOG que os ataques sofridos pelo secretário de Saúde, Pedro Pascoal, são uma reação de políticos contra a possibilidade aventada em sites, de que ele poderia disputar um mandato de deputado estadual. Aiache considera o secretário como tendo feito um bom trabalho no sistema de saúde do Juruá.


APENAS COMENTÁRIOS


Pelas informações seguras que tenho, o que há a respeito da candidatura do secretário Pedro Pascoal, são apenas comentários naturais que acontecem em toda pré-campanha em relação a gestores bem avaliados. Na verdade, o Pedro nunca fez uma declaração pública ou um movimento no sentido de uma candidatura em 2026. Mas, se fizer, é um direito. Ninguém é dono da política para impedir candidaturas.


NÃO DESOCUPA A MOITA


O ex-presidente Jair Bolsonaro é daqueles que não faz e não desocupa a moita. Está inelegível, continua dizendo ser candidato, o que trava a direita de centrar forças em um outro nome. No que o Lula deve agradecer.


CALO DO BOCALOM


O vereador Eber Machado (MDB) tornou-se o grande calo do segundo mandato do prefeito Tião Bocalom. E, navega ainda mais tranquilo porque os ataques e as denúncias não são contestadas pela equipe de comunicação da PMRB e nem pela base de apoio na Câmara Municipal. Ou seja, voa em céu de brigadeiro. E tudo o que disser soará como verdade, seja ou não.


TERRITÓRIO HOSTIL


A ministra Marina Silva é deputada federal pelo estado de São Paulo. Com o Acre tomado por uma onda bolsonarista, não seria nada fácil, ela conquistar um mandato no parlamento pelo Acre. Por isso não se candidatou pelo seu estado.


CIDADÃO DO MUNDO


O presidente da APEX, ex-senador Jorge Viana tornou-se um cidadão do mundo; um dia está na China, outro em Dubai, outro no Vietnã e nada de fazer um movimento político concreto a favor da sua candidatura ao Senado em 2026 no Acre. Isso deixa dúvida até se será mesmo candidato no próximo ano.


NÃO SERÁ FORTE


Não tenho bola de cristal, mas não vejo a menor possibilidade da federação dos partidos de esquerda no Acre – PT-PSOL-PV-PCdoB -formarem chapas competitivas para deputado estadual e deputado federal. Chapa para fazer figuração, é o máximo que podem conseguir na eleição do próximo ano. Estes partidos vivem seus piores momentos políticos no Acre.


CENÁRIO SONHADO


Que o senador Márcio Bittar (UB) vai se filiar ao PL, não há a menor dúvida, o próprio já confirmou o fato. Ainda não se filiou porque sonha com o Bolsonaro vindo ao estado para endossar a sua ficha de filiação.


NÃO TERÁ O CONDÃO


A caravana da Assembléia Legislativa percorrendo a BR-364 no trecho Rio Branco-Cruzeiro do Sul, vai servir para os deputados terem mais interação com os municípios. Mas não terá o condão de fazer com que o governo federal destine mais recursos para a recuperação do trecho. Vão continuar os serviços paliativos de sempre.


O BURACO É MAIS EMBAIXO


Formar chapa fraca para a disputa de vagas na Câmara Federal, qualquer partido forma; o difícil, é montar uma chapa com nove nomes competitivos e que somem 50 mil votos, que é o teto que cada sigla tem de alcançar para eleger um deputado. O MDB e o REPUBLICANOS estão com dificuldades em montar chapas fortes.


TENDÊNCIA NATURAL


Essa dificuldade do MDB de montar uma chapa forte para deputado federal, deve empurrar o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB) a buscar um mandato de deputado estadual.


PARA REFLEXÃO


“Nunca lute com um porco. Vocês dois ficarão sujos, e o porco gosta disso.” George Bernard Shaw.


SÓ COBRA CRIADA


Zezinho Barbary, José Adriano, Socorro Nery, Eduardo Veloso, Coronel Ulysses – estes deputados federais – Fernanda Hassem, Fábio Rueda, Lucilene da Droga Vale. É a chapa da federação PP-União Brasil.


FUSÃO PSDB-PODEMOS


Mazinho Serafim, Jesus Sérgio, Pedro Longo, Vanda Milani, Minoru Kinpara, Márcia Bittar, Ney Amorim, são os nomes até aqui que disputarão mandatos de deputado federal pela fusão PSDB-PODEMOS. Sobram duas vagas a serem preenchidas na chapa.


DOMINGO NA PAZ


Bom domingo na paz de Deus.


FRASE MARCANTE
“Você nunca aprenderá nada se continuar achando que está certo o tempo todo”. Jeferson Brayner.


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Luis Carlos Moreira Jorge