O deputado federal José Adriano (PP) participou nesta quinta-feira (22) do programa Bar do Vaz e destacou as ações promovidas pelo Sistema FIEAC (composto por FIEAC, SESI, SENAI e IEL) em alusão ao Mês da Indústria. As atividades comemorativas são realizadas em parceria com diversas instituições e culminam na celebração do Dia da Indústria, em 25 de maio.
Antes de tratar dos temas ligados à indústria, o deputado José Adriano comentou sobre sua atuação política e classificou o mandato como um novo desafio. “Não posso me furtar do compromisso. Estou empenhado em realizar um bom trabalho. Confesso que me frustrei com aquilo que eu mesmo esperava de mim, mas estou trabalhando para melhorar”, declarou.
No dia 1º de maio, data em que se comemora o Dia do Trabalhador, foi realizada a 1ª edição da Corrida Nacional do SESI. O evento ocorreu simultaneamente em 22 estados brasileiros, incluindo o Acre, com o objetivo de incentivar a prática de atividades físicas e promover a saúde entre os trabalhadores.
A sede da FIEAC receberá dia 28 de maio a Reunião do Conselho de Representantes da Ação Pró-Amazônia. A associação é composta pelas federações de indústria dos nove estados que integram a Amazônia Legal — os sete estados da região Norte, além de Mato Grosso e Maranhão. Segundo ele, o encontro tem como foco a integração de diretrizes e ações entre as federações, visando o desenvolvimento socioeconômico sustentável da região amazônica.
O parlamentar e presidente da FIEAC afirmou que, ainda no dia 28, será realizada a inauguração oficial da Escola SESI de Referência, que passou por ampla modernização. A unidade recebeu investimentos de aproximadamente R$ 8 milhões e está alinhada às diretrizes do Novo Ensino Médio. A proposta pedagógica valoriza o protagonismo estudantil, incentivando o desenvolvimento de competências e habilidades em sintonia com o projeto de vida dos alunos e as exigências do mundo do trabalho.
“Ainda está se consolidando porque é uma proposta diferente do tradicional. Nós estamos muito animados com isso. E lá nós vamos ter a presença do ex-presidente da CNI, um amigo do Acre que me ajudou em todos os projetos. Até hoje, eu ainda estou executando os projetos que ele aprovou, e ele vai ser homenageado com o nome dele nessa escola. O nome que a escola vai levar? Escola de Referência Robson Braga de Andrade. Enquanto referência de respeito ao Novo Ensino Médio, todos os estados estão fazendo sua proposta de escola de referência. A nossa foge um pouquinho porque a gente é meio ‘enjoado’ — a gente trouxe ela mais customizada com a nossa proposta, tanto que a imagem que vocês veem é realmente de chamar atenção. E, nesse momento, a minha proposta não é igual à do Maranhão, não é igual à do Amazonas, e isso sim é uma forma de a gente interagir com cada realidade. Mas o que é importante dizer é o prestígio que a gente tem, porque a logística, Roberto, para chegar aqui é muito difícil. Para você ter uma ideia, a presidente de Roraima gasta um dia e meio para chegar aqui, porque a distância dela de Brasília é a mesma que de Brasília para cá. Então a gente organizou essa logística, e estamos muito felizes, porque a presença deles reflete exatamente a nossa relação de companheirismo nessa missão.”
Sobre a Escola SESI de Referência atender o novo ensino Médio, Adriano destacou que a unidade educacional visa a modernização e se divide em ciências humanas, exatas e empreendedorismo. O deputado destacou que a Escola SESI tem uma proposta diferenciada de ensino. “Pois é, nós temos uma proposta de ensino. Não é só uma escola ou outra, todo o ensino no Brasil ainda é trabalhado para ensinar nossos jovens para o passado, e o nosso desafio é ensinar os jovens para o futuro. Então começa por aí. Esse formato de confinamento tradicional deixa de existir na nossa Escola SESI de Referência, porque ela é uma escola rotativa. O que é isso? A gente tem as salas-laboratório, então você vai trabalhar com esses garotos, o professor fica em uma sala fixa e é o aluno que se desloca para encontrá-lo. Eles fazem essa programação interna, que interage com todas as cadeiras que a gente promove lá. Ela se divide em ciências humanas, na parte de exatas e também tem a nossa parte que estamos estimulando, que é a proposta do empreendedorismo, o que é muito interessante. A proposta é do conhecimento integrado ao projeto, permitindo que o aluno vá direto ao que ele quer, direcionando-se para a área em que deseja se desenvolver. Esse tipo de ensinamento, não sei se estou explicando bem, é dirigido para as pessoas que estão envolvidas com a indústria, mas também contempla a sociedade em geral. Isso a gente vem trabalhando já há bastante tempo, e foi muito positivo.

Foto: Sérgio Vale
Segundo ele. A Escola SESI era uma escola deficitária porque ficava restrita à relação que esse aluno tivesse com a indústria. “A partir de 2016, fizemos uma modificação e um ajuste, porque o nosso compromisso é trabalhar com um valor mais acessível para quem é relacionado à indústria — assim como é o caso do Sesi, que também trabalha com essa mesma relação de custo-benefício para os comerciais. No nosso caso, a gente acrescentou que a comunidade poderia usufruir da mesma estrutura, pagando exatamente o valor médio que uma escola particular cobra. Com isso, misturamos a comunidade. Para você ter uma ideia, quando cheguei no sistema, existia um formato de segurança com arma na cintura. Isso, para mim, é um absurdo. Você está trabalhando com educação, então tem que ter um pouco mais de cuidado, porque são crianças que estão ali. Futuramente, vão entender que é melhor você ter uma forma educada de tratar as pessoas, e isso também reflete no tratamento que você vai receber. Então, tivemos essa sensibilidade. Reduzimos o custo, porque o custo da segurança armada é muito alto. Hoje, temos a segurança praticamente com o apoio da comunidade, no diálogo. Lá, temos apenas câmeras de vídeo em circuito fechado, porque é preciso ter algumas precauções para dar apoio, já que o complexo é grande. Mas valeu a pena. A gente só tem a agradecer, realmente, o apoio da comunidade local. E nós temos muito investimento”, explicou.
Adriano disse na entrevista que nosso SENAI trabalha com o mesmo sistema, porém, se divide, porque ele faz a parte de capacitação profissional na área da indústria e o outro trabalha em educação. O Sesi trabalha em educação tradicional mesmo, e a gente agora — foi bom você lembrar disso — também fez uma mudança. A gente integra as duas casas e o menino, o jovem, pode ter a opção de já estar fazendo um curso técnico ao mesmo tempo em que está cursando o ensino médio, que é uma exigência hoje do mercado de trabalho. É trazer a mão de obra. Exatamente. E a inovação que a gente fez — e aí eu relato aqui que foram várias conversas que a gente teve com o Tribunal de Contas, inclusive, em parceria com o Sebrae — foi criar algumas propostas porque, imagina, a gente não tem uma montadora de automóveis aqui, então a gente praticamente estava trabalhando para montar oficina de manutenção. Então o que a gente procura? Hoje, dentro de um formato mais transversal, a gente atua com aquele mercado que é do futuro. A gente trabalha com o desenvolvimento de software, com a indústria 4.0, e temos a parte de capacitação para a robotização dos processos na indústria”.
SENAI Hub homenageia ex-presidente da FIEAC
Também no dia 28 de maio, será inaugurado o SENAI Hub – Inovação e Tecnologia. O espaço será nomeado em homenagem póstuma ao ex-presidente da FIEAC, Carlos Takashi Sasai. O SENAI Hub tem como missão conectar empresas a soluções tecnológicas inovadoras, promovendo a interação entre startups, grandes empresas, investidores, universidades e o setor público. A iniciativa visa impulsionar a transformação digital e fortalecer o ecossistema industrial acreano. “Então, onde a gente vai ter startups, onde a gente vai ter jovens que vão estar ou dentro da Escola Sesi, do Senai, ou da comunidade, que isso é uma proposta de inclusão, vão poder estar dentro do nosso ambiente, e diga-se de passagem, é o ambiente mais inovador que nós temos no Estado, no ponto de vista da tecnologia. Você vai ter a oportunidade de conhecer, Robert? Lá, nós podemos ter apadrinhamento de empresários para esses meninos que são muito criativos, mas eles vão ter a condição de, com as ferramentas que a gente tem lá, eles terem condições de desenvolver inovações que podem solucionar alguns processos dentro da nossa indústria, dentro do nosso setor do ar, de todos os setores. E esses meninos, como a gente já sabe, vão conseguir conversar com o mundo inteiro através das ferramentas que a gente tem e das relações que a gente tem com as instituições internacionais”, pontuou.
Ainda sobre o SENAI Hub – Inovação e Tecnologia. O espaço será nomeado em homenagem póstuma ao ex-presidente da FIEAC, Carlos Takashi Sasa. “Muito moderno”, explicou.
Sistema S leva qualificação profissional ao interior do Acre por meio de parcerias com prefeituras
O deputado federal José Adriano afirmou, durante entrevista, que o Sistema S também tem oferecido oportunidades para moradores do interior do Acre.“O Sistema S tem, sim, oferecido oportunidade para quem mora no interior do estado. Nós temos um programa que é sempre feito quando o estado dá acesso, com unidades móveis. É uma forma de levar toda a proposta que temos na capital para os municípios onde não temos uma unidade física, com sala ideal. Fazemos uma parceria com as prefeituras e, todo ano, apresentamos uma proposta para um ou dois municípios, no máximo, porque não dá tempo devido à janela de grau”, explicou.
Segundo Adriano, já foram capacitados entre mil e dois mil jovens por meio dessas iniciativas. “Temos tido a oportunidade de capacitar, orientar e até formar mesmo 1 mil, 2 mil jovens, 2 mil pessoas, e tem sido muito gratificante.”
Ele destacou ainda que, durante eventos como a Expoacre, o Sistema S aproveita para realizar demonstrações e captar interessados. “São atividades que sempre estamos promovendo. Pessoas que estão saindo do mercado de trabalho, por exemplo, podem se ver em um mercado mais empreendedor. Tem muita coisa. Você mesmo é um empreendedor. No momento que está em um polo, você faz lá, bate o martelo, né? Então, são rodas, porque queremos fazer isso com uma parte mais prática, para apresentar tudo na prática.”
Adriano anuncia reforma de ginásios do Sesi com investimento de R$ 27 milhões
O deputado federal e presidente da FIEAC, José Adriano, comentou sobre a reforma dos ginásios do Sesi, que está orçada em R$ 27 milhões. Segundo ele, a obra será concluída ainda este ano.
“Se Deus quiser, este ano entregaremos a recuperação dos ginásios do estado. Todo mundo conhecia aquele ginásio tradicional, que era muito limitado para as atividades relacionadas à nossa indústria. Agora, estamos realizando uma reforma completa, com climatização, troca de todo o telhado — um investimento total de R$ 27 milhões. Será praticamente uma arena moderna, que vai congregar tanto atividades esportivas quanto ações de formação profissional”, declarou.
Observatório da Indústria será instalado no Acre
Encerrando a programação do mês, no dia 29 de maio, será inaugurado o Observatório da Indústria do Acre. O deputado revelou que a estrutura integrará a Rede de Observatórios da Confederação Nacional da Indústria (CNI), tornando-se parte de um dos maiores hubs de inteligência industrial do país, com mais de 200 bases de dados.
O espaço funcionará como núcleo de produção de conhecimento e inteligência estratégica, com foco na análise de cenários, identificação de oportunidades e suporte à tomada de decisões empresariais. “Nasceu das várias discussões temáticas que nós tivemos, e de como a gente poderia orientar um investimento, tanto para o empresário local — que às vezes chega à fadiga do seu negócio e não sabe o que fazer para dar um upgrade e continuar sendo produtivo — como também para orientar o investimento que vem de fora, indicando em qual região ele pode ser mais produtivo, onde pode ganhar mais, e com isso atrair mais empresas. Então, esse é o Observatório da Indústria. Ele é um grande big data, uma grande ferramenta. Ele captura essas informações, e o algoritmo é capaz, dependendo da pergunta de quem interage com ele, de traçar cenários hipotéticos para fazermos as avaliações e orientarmos o nosso empresário. É realmente um trabalho pelo qual sou fã — essa proposta de estar um passo à frente com relação ao negócio. E também conta com parceria com o governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e da Secretaria de Indústria, que acompanham todas essas atividades”, explicou.
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