© REUTERS/JONATHAN ERNST
Um homem e uma mulher, funcionários da embaixada de Israel nos Estados Unidos (EUA), foram baleados na noite dessa quarta-feira (21) em frente ao Museu Judaico de Washington, informaram as autoridades.
“Dois funcionários da Embaixada de Israel foram mortos sem sentido esta noite perto do Museu Judaico em Washington. Estamos investigando ativamente e trabalhando para obter mais informações”, disse a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, em declaração divulgada na rede social X.
A polícia da capital norte-americana recomenda à população que evite a área próxima ao museu e diz que trabalha com a Embaixada de Israel na apuração do caso.
De acordo com a emissora norte-americana NBC News, um homem armado gritou “Palestina Livre” quando foi detido em frente ao museu.
Pelo menos uma das vítimas tinha sido inicialmente transportada para um hospital local em estado crítico, informou a mídia local.
“Esses horríveis assassinatos em Washington, obviamente motivados pelo antissemitismo, têm de acabar agora”, reagiu hoje, na rede social Truth Social, o presidente dos EUA, Donald Trump. O ódio e o radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos”, acrescentou.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, classificou o ataque como “ato perverso de terrorismo antissemita”, em publicação na X.
“Prejudicar a comunidade judaica é ultrapassar os limites. Estamos confiantes de que as autoridades norte-americanas irão reprimir os responsáveis por esse ato criminoso. Israel continuará a atuar com determinação para proteger os seus cidadãos e representantes em todo o mundo”, afirmou Danon.
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, disse, também na rede social X, que se deslocou ao local com Jeanine Ferris Pirro, procuradora-geral adjunta do Distrito de Columbia.
“Rezamos pelas vítimas destsa violência enquanto trabalhamos para saber mais sobre o que aconteceu”, indicou Bondi.
O diretor-executivo do Comité Judaico Americano (American Jewish Committee), Ted Deutch, disse à emissora norte-americana ABC que o grupo organizou um evento no museu, nessa quarta-feira à noite.
“Estamos devastados por um ato hediondo de violência que ocorreu fora do recinto. Neste momento, enquanto aguardamos mais informações da polícia sobre o que aconteceu, a nossa atenção e os nossos corações estão com as vítimas e suas famílias”, acrescentou Deutch.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que determinou o reforço das medidas de segurança nas missões diplomáticas israelenses no mundo, após o assassinato dos funcionários da embaixada em Washington.
“Estamos vendo o preço terrível do antissemitismo e do incitamento furioso contra o Estado de Israel”, afirmou o premiê.
O presidente israelense, Isaac Herzog, disse estar chocado e condenou o crime que considerou um ato de ódio e antissemitismo.
“A América [Estados Unidos] e Israel vão permanecer unidos na defesa dos nossos povos e dos nossos valores comuns. O terrorismo e o ódio não nos vão quebrar”, disse o chefe de Estado de Israel.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros israelense, Gideon Saar, afirmou que está horrorizado com o “ataque terrorista”.