Em muitos aspectos considero os EUA um país exemplar, mas o que Donald Trump vem me fez pensar diferente
Quando o maoísmo chinês chegou ao fim, isto em razão da morte do seu longevo líder, Mao Tsé- Tung, no ano de 1976, entre os anos 1978 e 1992 sua liderança passou para Deng Xiaoping, um comunista diferenciado, tanto em suas determinações quanto em suas ações.
Com seus mais de 1,4 bilhões de habitantes e a grande maioria dos chineses viviam na mais absoluta pobreza e vulnerável a toda sorte de necessidades e adversidades, Deng Xiaoping escolheu a educação pública como prioridade, não apenas em suas promessas, como sempre acontece no nosso país.
Como resultado dessa prioridade, no próprio território chinês, presentemente, o número de chineses que utilizam a língua inglesa já está superando o número de estadunidenses que se falam na língua inglesa.
Em relação ao seu crescimento econômico e em razão das reformas instituídas por Deng Xiaoping, a partir dos anos 1.980, a China abriu sua economia ao exterior, atraiu investimentos externos, ainda que os investidores tivessem como atração a sua barata mão de obra, o que ora verificamos, no quesito economia, a China já ameaça os próprios EUA.
Enquanto isto, e aqui entre nós, alguns grupelhos da chamada extrema direita acusam o regime político da China, o comunismo, como a causa a determinar o distanciamento do nosso país com a própria China.
Quando Deng Xiaoping antevendo o sucesso de suas ações e decisões, chegou a dizer: “não interessa a cor do gato, mas sim, que o gato cace ratos”, em momento algum ele se reportou ao regime político do seu país e tampouco aos regimes políticos dos países com os quais pretendia estabelecer suas relações comerciais.
Aos anti-China e mais precisamente, aos anticomunistas, pergunto: com qual país, no meio dele os EUA, ao longo de toda a nossa história o nosso país conseguiu obter os seus melhores superávits comerciais? Outra perguntinha: o comunismo chinês tem se revelado contrário a nossa democracia e buscado fazer do Brasil uma nação comunista?
Se o atual presidente da República Popular da China, Xi Jinping, ousasse fazer o que o atual e truculento presidente dos EUA, Donald Trump, vem fazendo, seja democraticamente ou capitalisticamente falando-se, com certeza, os extremados da nossa extrema direita política, como assim gostam de ser rotulados, estariam acusando o nosso país de estar caminhando rumo ao comunismo.
Como entre países não existe amizades e sim interesses, convenhamos: se alguém está nos empurrando rumo à China eis o nome e o sobrenome desse sujeito: Donald Trump.
