Foto: Whidy Melo/ac24horas
A presidente do sindicato dos trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, convocou os trabalhadores da rede municipal de educação para um ato de mobilização nesta quinta-feira, 22, às 8h, em frente à sede da Prefeitura de Rio Branco (PMRB). A convocação ocorre após a categoria deliberar greve geral por tempo indeterminado.
“A rede municipal de Rio Branco dos servidores da educação deliberou greve. A greve dá início quinta-feira, oito horas, em frente à prefeitura de Rio Branco. E você que é da educação do município de Rio Branco, que deliberou a greve, venha participar. Não deixe de estar nas ruas quando definirmos nossa agenda”, declarou Rosana em vídeo divulgado nas redes sociais do sindicato.
A sindicalista também reforçou o momento delicado enfrentado pela categoria e fez um apelo direto aos profissionais que ainda têm receio de aderir à paralisação. “Convide aquele que não está com coragem de fazer a luta. É um momento muito difícil da categoria. Não gostamos de greve, mas é o único recurso que nós temos para pressionar o patrão. E sabemos que o patrão que nós temos, o senhor Bocalom, não é fácil de lidar”, disse.
Rosana afirmou que os trabalhadores da educação estão sem reposição inflacionária há dois anos. “Já não suportamos mais dois anos sem ter nenhum tipo de reposição do índice inflacionário. O poder de compra se foi. Infelizmente, o Bocalom dá prioridade aos seus secretários, aos cargos comissionados. Para a educação diz que não tem dinheiro, mas não falta dinheiro para dar um reajuste praticamente de 100% aos seus secretariados, de contratar uma infinidade de cargos comissionados”, afirmou.
A dirigente também criticou a gestão do prefeito ao afirmar que os recursos existem, mas que faltaria capacidade administrativa. “Para a educação está com a conversa de que não tem dinheiro. Ora, é ditado do prefeito: dinheiro tem, falta gestão. E o senhor provou que tem dinheiro quando deu esse reajuste maravilhoso aos seus secretários. Ah, e se a educação tivesse um reajuste do tamanho desse percentual concedido aos secretários”, questionou.
Ao encerrar a convocação, Rosana Nascimento pediu o apoio da população e reafirmou que a greve é um ato de necessidade, não de vontade. “Queremos pedir o apoio da população, o apoio dos pais, dos alunos. Não fazemos greve porque queremos, mas pela necessidade de condições de vida. E você, servidor da educação, venha para a luta. Não fique assistindo e nem tampouco vá para o trabalho. É hora de lutar, é hora de pressionar”, encerrou.