A Polícia Civil do Tocantins identificou o uso de mulheres como “laranjas” em um esquema que desviou recursos públicos durante o governo de Mauro Carlesse (2018-2022). Segundo relatório da Operação Via Avaritia, Sandra Maria da Silva e Edi Aguida Gorski movimentaram juntas R$ 5,4 milhões por meio de empresas de fachada e repasses sem justificativa.
Sandra, que recebeu auxílio emergencial durante a pandemia, teria recebido R$ 1,7 milhão da Prime Construções, empresa investigada por contratos suspeitos com o governo. Já Edi é sócia da Dualmec, registrada em um endereço falso onde funciona uma pizzaria em Joinville (SC), e recebeu mais de R$ 3,6 milhões da mesma empresa.
A Polícia aponta o ex-governador como líder do esquema, que envolve ainda ex-secretários, servidores e empresários. Carlesse nega as acusações e alega motivação política no inquérito. O caso pode ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) devido ao foro privilegiado do ex-gestor.
Com informações do UOL