O empresário e presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Adem Araújo, 57 anos, foi o entrevistado do programa Bar do Vaz desta terça-feira, 20, onde abordou negócios e esportes. Sobre os bastidores da sua permanência no comando da entidade e o corte de repasses à federação por parte da CBF, Araújo reforçou seu compromisso com a gestão igualitária da federação e afirmou que o nome do estádio Florestão passará a ser Tonicão.
Empresário no ramo de mercados, Araújo afirmou que está mais dedicado ultimamente no esporte. “Realmente estamos bastante dedicados a essa questão. Tentamos entender como é que funciona a Federação, buscando ali parcerias para que a gente possa ampliar esse trabalho no futebol. O nosso desejo realmente, Roberto, é contribuir, além da continuidade, cuidar do patrimônio da Federação, que é um dos maiores do Brasil, e também ajudar a desenvolver o nosso futebol”, disse.
Araújo, falou sobre os bastidores da sua permanência no comando da entidade, as dificuldades enfrentadas nos últimos meses e os planos para preservar a memória do ex-presidente Antônio Aquino, o “Toniquim”. Ele relatou que foi questionado sobre a legalidade de sua ligação com o Santa Cruz Futebol Clube, mas citou outros exemplos semelhantes no país.“Me perguntaram qual é o artigo do estatuto que impede alguém de participar da associação de um clube. Tentei explicar, mas percebi que havia interesses por trás daquela pressão. Tenho certeza disso”, afirmou.
Ele também revelou um episódio até então desconhecido: o corte de repasses à federação por parte da CBF. “Hoje, sou conselheiro da CBF, de fato e de direito. Tomei posse na sexta-feira. Mas logo depois cortaram o repasse da federação que estava previsto para 30 de abril. Não falei nada publicamente, só com minha família. Acredito que foi uma forma de pressão, e tenho certeza de que haverá ações para tentar comprometer as iniciativas do nosso estado”, disse.
Apesar das dificuldades, o dirigente afirmou que conta com apoio majoritário entre os clubes locais. “Temos oito dirigentes que votam comigo, independentemente de quem seja o candidato. Nosso representante é o presidente Léo Racha, e estamos alinhados. Ser presidente não é questão de querer; é questão de apoio, de legitimidade. Eu nunca tive interesse no cargo, mas agora sei que posso contribuir”, garantiu.
Araújo reforçou seu compromisso com a gestão igualitária da federação. “Estando hoje como presidente, posso colocar minhas ideias em prática. Com credibilidade, buscamos dar condições iguais a todos os clubes. Quem tiver mais preparo e visão, vai avançar naturalmente. É isso que queremos promover”, destacou.
Ao falar sobre o legado de Toniquim, ex-presidente da FFAC falecido em 2024, Adem Araújo disse que optou por não ocupar a sala dele na sede da entidade, como forma de respeito. “Não me sentei na cadeira dele. Escolhi outra sala. Vamos transformar aquela em um memorial. Se tivermos acesso a recursos vinculados ao antigo Estádio Antônio Aquino Lopes, o Florestão, queremos mudar o nome para homenageá-lo. Também pretendemos erguer uma estátua, deixar viva a memória do Toniquim”, concluiu.

Foto: Sérgio Vale
Durante entrevista, o presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Adem Araújo, comentou sobre a dinâmica das decisões internas na entidade, especialmente no que diz respeito à organização das competições e uso dos recursos. Segundo ele, o modelo atual segue uma linha democrática, baseada no voto da maioria dos dirigentes. “Cada dirigente tem uma ideia, uma percepção. Mas a maioria decide. O formato das competições, a distribuição dos recursos, tudo isso é votado e mantido no regulamento até o fim. Vale o voto da maioria”, afirmou.
Araújo, no entanto, revelou não concordar com alguns dos modelos adotados, especialmente quanto ao calendário das partidas e à realização de rodadas duplas. “Eu, particularmente, nunca fui favorável às rodadas duplas, nem no profissional, nem na base. Antigamente os jogos eram no domingo à tarde, com transmissão de televisão, o que ajudava. Hoje, com rodada dupla, o problema é o desgaste”, disse.
Segundo ele, a longa permanência no estádio pode afastar o público. “Um torcedor vai assistir ao jogo do seu time e precisa ficar muito tempo se quiser ver outro. Isso cansa e o custo é o mesmo. Energia, estrutura, tudo é duplicado, mas o número de torcedores não aumenta proporcionalmente.”
Outro ponto destacado foi a condição precária do gramado do estádio principal da capital. “O campo não está em condições de receber dois jogos seguidos, principalmente no período de chuvas. Precisamos rever isso.”
O dirigente também defendeu a ampliação das partidas fora da capital. “Fazer jogos no interior pode atrair mais público. A situação está um pouco mais democrática, mas ainda há muito o que melhorar.”
Sobre o futuro da federação, Adem reforçou o compromisso com a modernização. “Temos que buscar o que dá certo. Buscar recursos, modernizar. Essa é a ideia. Eu acredito muito que vamos conseguir avançar. Pode não ser da forma que todos esperam, mas o caminho é esse.”
O presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Adem Araújo, relembrou sua experiência à frente do Rio Branco Football Club e apontou que a falta de alinhamento entre dirigentes foi um dos fatores que o motivaram a buscar mudanças na forma de gestão esportiva. Para ele, por meio de novos modelos, é possível transformar a realidade do futebol acreano. “Em 2012, quando eu estava presidindo o Rio Branco, me arrependi de não ter dado continuidade ao mandato. Foi um momento marcante, e agora, estando na federação, relembro muito daquela época. O Rio Branco é para o Acre o que o Flamengo é para o Brasil. Carrega a força da camisa, do nome, mas não é fácil administrar um clube sem recursos, sem apoio externo”, afirmou.

Foto: Sérgio Vale
Araújo lembrou que assumiu o clube de maneira emergencial após o afastamento do então presidente Bruno. “Naquele ano, trouxemos o treinador Luiz Carlos Ferreira, conhecido como ‘Rei dos Acessos’. Ele havia subido clubes da Série C para a B e chegou com um projeto bem estruturado de categorias de base. Disse que precisávamos começar com um time sub-17, um sub-20, para baratear os custos no profissional. Isso ficou na minha cabeça.”
Segundo ele, o investimento na base é estratégico. “Você pode formar metade do seu elenco em casa. Se não forem titulares, ao menos serão suplentes. Além disso, dá para fazer negócio com esses jogadores”, declarou.
Apesar do projeto promissor, Adem contou que enfrentou resistências internas. “Infelizmente, me afastei do grupo que me apoiava, o que não deveria ter feito. Havia nomes importantes que ajudavam muito naquela época, como o Vianas e o Joaquim. A gente tinha credibilidade para pedir apoio ao governo, e eles apostavam.”
Ele também revelou ter sofrido pressões da liga, conselheiros e ex-presidentes do clube. “Não aguentei. Cedi, renunciei à presidência do Rio Branco e uma eleição improvisada acabou colocando o doutor Francisco Assis no comando. Não foi um bom momento para o clube e nem para o futebol acreano. Mas dali surgiu a ideia de investir na base.”
Adem relatou que passou a apoiar iniciativas como a escolinha do Léo e o Andirá Esporte Clube. “Começamos com sub-11 e sub-13. Depois, meu filho também começou a jogar e isso me aproximou ainda mais das categorias de base. Mas os clubes investem pouco. Muitas vezes, eu mesmo tinha que pagar preparador físico, preparador de goleiros. Só havia um treinador, que acumulava funções – até de roupeiro. Era difícil.”
Para o dirigente, o fortalecimento da base é essencial para o futuro do futebol local. “É preciso profissionalizar, dar estrutura. Só assim teremos jogadores formados aqui representando o Acre em alto nível.”
Em entrevista recente, o presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Adem Araújo, apresentou propostas para modernizar a gestão da entidade e fortalecer os clubes locais. Entre as prioridades, ele destacou a busca por parcerias institucionais e o incentivo à formação de atletas de base. “O que pensamos para a federação é atrair mais parceiros, aproximar o governo, parlamentares e gestores públicos que possam contribuir com a estrutura da entidade. Isso é absolutamente legal. Nosso objetivo é conseguir recursos que permitam repasses aos clubes pela participação nas competições, como já ocorre hoje, mas com valores mais significativos”, afirmou.
Segundo Araújo, uma das exigências previstas no projeto é que parte dos recursos seja obrigatoriamente investida na base. “Queremos começar de baixo, estruturando as categorias menores. Com o tempo, isso se refletirá positivamente no futebol profissional.”
Durante a conversa, o dirigente também comentou sobre os boatos envolvendo salários na federação após a morte do ex-presidente Antônio Aquino Lopes, o “Toniquim”. “Muitas histórias foram criadas enquanto ele ainda era vivo. Eu mesmo conversei algumas vezes com ele sobre isso. Ele só sorria e dizia que as pessoas inventavam, e que essas mentiras, com o tempo, acabavam sendo tomadas como verdade.”
Questionado sobre a suposta informação de que, após o falecimento de Aquino, o presidente da federação passaria a receber um salário superior a R$ 200 mil, Adem foi categórico: “Isso não é verdade. Estou há um mês e meio no cargo e não recebi nenhum valor. Não foi feito nenhum repasse. E posso garantir: esse valor que estão divulgando está muito longe da realidade.”
Araújo explicou ainda que Toniquim, enquanto presidente da FFAC, também ocupava a vice-presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o que justificava um salário considerado razoável. “Ele acumulava os dois cargos. Mas não foi presidente da CBF porque optou por não assumir, principalmente por conta da idade. Era uma decisão pessoal. Quanto ao valor que ele recebia, posso dizer que não tinha nada fora do normal.”
Com um novo momento à frente da federação, Adem Araújo reforça o compromisso com a transparência e a reestruturação do futebol acreano. “Nosso foco é construir, dar suporte aos clubes e fazer com que o futebol do Acre volte a ser competitivo, com gestão séria e responsabilidade.”
O presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Adem Araújo, elogiou a disposição do novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, para promover mudanças estruturais no futebol nacional. Médico e ex-secretário de Saúde do estado de Roraima, Xaud tem como uma de suas principais metas a redução do calendário sobrecarregado enfrentado pelos clubes que disputam múltiplas competições simultaneamente.
“O presidente Samir demonstra vontade de trabalhar. Ele entende que o calendário atual é absurdo, especialmente para clubes da Série A, que jogam a Libertadores, Copa do Brasil e outras competições. A ideia é reduzir esse calendário para esses times e criar melhores condições para os estados menores, como o Acre, fortalecendo os campeonatos estaduais e competições regionais”, destacou Adem.
Segundo ele, o foco da antiga gestão da CBF estava concentrado nas regiões Sul e Sudeste, deixando de lado os estados do Norte, que sofrem com menor visibilidade e estrutura. “Para nós, do Acre, a chegada do Samir é uma bênção. Volta a surgir a possibilidade de sonharmos com competições como a antiga Copa Norte ou o Copão da Amazônia, que davam vaga para a Copa do Brasil. A atual Copa Verde, por exemplo, acaba sendo excludente. É muito difícil competir com clubes como Cuiabá, Remo e Paysandu, que têm estrutura e disputam Série B, enquanto os clubes do Acre sequer têm divisão nacional.”
Adem destacou ainda que, no momento, os clubes acreanos enfrentam sérias dificuldades financeiras e estruturais. “Não é por falta de talento, mas estamos longe de ter condições de competir. Falta estrutura, recursos, organização. Precisamos de dirigentes com mentalidade empresarial. Futebol hoje é negócio, não pode ser feito apenas com o coração. É preciso razão, criatividade, dinamismo e oferecer algo em troca para os patrocinadores.”
Como parte das ações de sua gestão, Adem revelou que propôs aos presidentes de clubes a realização de auditorias contábeis para regularizar as pendências financeiras e habilitá-los a receber emendas parlamentares. “Ofereci esse apoio. Não consegui implementar ainda por conta dos desafios que enfrentei no início da minha presidência, mas o projeto está de pé. Temos empresas locais e de fora do estado que podem prestar esse serviço. O importante é que os clubes entendam que precisam se organizar para sobreviver.”
Ele concluiu afirmando que, à medida que mais recursos forem obtidos, a federação pretende fazer repasses mais significativos aos clubes, desde que eles se comprometam com a regularização de suas dívidas e apresentem visão de longo prazo. “Essa mudança de mentalidade é fundamental. Só assim vamos conseguir dar um salto de qualidade no futebol do Acre.”
Segundo ele, o objetivo é também aumentar o engajamento do público e melhorar a qualidade da competição. “Mas não adianta ter público se o jogo não for bom. Precisamos de times competitivos”, enfatizou.
Questionado sobre o custo para montar uma equipe competitiva no futebol acreano, Adem afirmou que é possível participar do Campeonato Estadual com um orçamento estimado de R$ 300 mil. “É um valor acessível se comparado ao cenário nacional, mas os clubes hoje não têm esse montante disponível. Por isso, estamos trabalhando para que, ao menos, consigam levantar 50% desse valor”, disse.
Para viabilizar esse apoio, a FFAC busca parcerias com o governo, emendas parlamentares, patrocínios privados e recursos da própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “Essa é uma forma de começarmos a sair do marasmo. Eu não prometo nada, mas estou trabalhando para que os clubes tenham condições reais de formar elencos competitivos. Essa é a nossa missão.”
Araújo, presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), comentou sobre sua postura diante da influência política no ambiente esportivo e empresarial. Segundo ele, manter a independência e a transparência nas ações tem sido fundamental para conquistar respeito em diferentes esferas. “Eu sei como está o Niquinho. Ele age de determinada forma porque há um motivo. Quando o seu cargo depende da influência direta de políticos, você acaba sendo limitado. Não pode ir além. E eu não sou assim. Tenho dois amigos na política, mas não faço parte de nenhum coro partidário”, afirmou.
Adem reforçou que mantém diálogo com todas as frentes políticas, sem distinção. “Seja A, B ou C, quem quiser conversar ou visitar está convidado. Sempre fui aberto, não vejo problema nisso. Isso, aliás, é raro: às vezes, por uma posição política, você acaba não conseguindo avançar em determinados projetos”, comentou.
Sobre sua trajetória, ele pontuou que a credibilidade vem justamente da transparência com que conduz seus negócios e sua atuação pública. “Graças a Deus, mantemos boas relações porque trabalhamos com clareza. Inclusive, em período eleitoral, quando fazemos doações, tudo é feito com responsabilidade e à luz do dia. Sempre fomos transparentes.”

Foto: Sérgio Vale
Araújo destacou ainda que o cenário político mudou em relação ao passado, especialmente no que se refere ao financiamento de campanhas. “Hoje, há muito dinheiro circulando nas campanhas, e em alguns casos, os candidatos nem conseguem gastar tudo. As empresas não são mais tão pressionadas, e os empresários não sofrem tanto com cobranças como antes. Isso é um alívio”, completou.
Mudando de assunto, ele foi questionado sobre sua atuação empresarial à frente do Grupo Araújo, especialmente no processo de expansão da rede de supermercados. “A gente fala tanto de futebol, mas o Araújo também é parte importante disso tudo”, disse o entrevistador. Araújo respondeu com bom humor: “Pois é, eu quase não saio de casa, mas seguimos trabalhando para crescer de forma planejada”, disse.
O Grupo Araújo, uma das principais redes de supermercados da região Norte, segue firme em seu projeto de expansão, apesar das dificuldades enfrentadas, principalmente nas áreas de logística e recursos humanos. Atualmente, a rede conta com três lojas em Rio Branco (AC) e três em Porto Velho (RO).
0 empresário Adem Araújo, à frente do grupo, explicou que há grande demanda por novas unidades no interior do Acre, especialmente nas regiões do Alto Acre e do Juruá. No entanto, ele reconhece que os problemas estruturais das rodovias ainda dificultam o avanço para essas localidades. “A gente gostaria muito de ter ido para o interior, mas as estradas ainda não oferecem condições adequadas. Mesmo assim, nas nossas redes sociais, recebemos muitas solicitações de consumidores dessas regiões pedindo lojas”, afirmou Araújo.
Segundo ele, os pedidos da população são levados em conta na hora de definir os novos pontos comerciais. “A forma como a gente mapeia as cidades hoje é justamente pelas sugestões vindas das redes sociais. Bairros como o Calafate, por exemplo, estão entre os que mais pedem uma unidade do Araújo”, destacou.
Uma das últimas inaugurações, no bairro Floresta — também conhecido como Nova Esperança —, enfrentou dificuldades durante a obra por estar localizada em uma área que funcionava como antigo lixão. “Tivemos que lidar com questões ambientais não previstas, como a necessidade de uma licença do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). Isso gerou atraso, mas conseguimos entregar uma loja de excelente qualidade, que hoje está funcionando muito bem”, contou.
Emprego e impacto econômico
Atualmente, o Grupo Araújo possui cerca de 1.300 colaboradores com carteira assinada. De acordo com estimativas do setor, para cada emprego direto no varejo de alimentos, são gerados outros quatro indiretos — como fornecedores, prestadores de serviços e profissionais da área contábil. “Não é fácil gerir todo esse movimento, mas graças a Deus temos uma equipe muito qualificada. Isso me dá tranquilidade, inclusive para poder me dedicar a outras atividades, como o futebol”, comentou Araújo, que também preside a Federação de Futebol do Acre (FFAC).
Próximos passos e sucessão familiar
Questionado sobre os planos para o futuro da rede e a sucessão familiar nos negócios, Adem foi direto: “Nossos filhos têm caminhos distintos. Um quer ser médico, outro empresário de outro ramo, outro jogador de futebol. Poucos demonstram interesse real no negócio. Isso é uma preocupação, mas hoje é possível profissionalizar a gestão, colocar alguém externo e manter o negócio funcionando. Ainda assim, perde-se um pouco do DNA do dono”.
Ele acrescentou que o grupo continuará investindo, mesmo diante da crescente concorrência: “Parar é andar para trás. A concorrência está cada vez mais forte. O interior, por exemplo, tem um potencial ainda maior que a capital. Mas para expandir, precisamos de braços, de gente comprometida ao nosso lado”.
Adem também apontou dificuldades em encontrar mão de obra qualificada, especialmente em Rondônia:
“A rotatividade é muito alta. O colaborador entra e, com 15 ou 20 dias, já recebe proposta de outra empresa e vai embora. Além disso, há a questão dos programas de auxílio do governo, como o Bolsa Família, que também interferem nesse processo”, disse.
Araújo, responsável pelo Grupo Araújo, revelou que o tomate por quilo é o produto mais vendido nas unidades da rede, seguido de perto por cebola e outras frutas frescas. Os alimentos vendidos a granel continuam sendo os grandes campeões de venda nas lojas. “O produto que mais vende é o tomate por quilo. Depois vem a cebola e as frutas no geral. São os itens por quilo que mais saem”, explicou Adem.
Na sequência, ele destacou a importância da panificação dentro da operação do grupo, reforçando que todas as lojas possuem padaria própria. “Em todas as lojas, nós temos padaria. Isso acaba sendo um diferencial. Mesmo com processos padronizados, cada padeiro tem seu estilo. Tem gente que prefere o pão da loja do bairro Floresta, por exemplo. Há essa preferência individual”, observou.
Durante a conversa, também surgiram sugestões relacionadas à oferta de raízes regionais, como inhame, taioba, batata-doce e macaxeira (mandioca). Adem afirmou que o grupo está atento à sazonalidade e qualidade desses produtos, mas reconheceu as dificuldades no controle da oferta. “Quando tem safra boa, a gente consegue oferecer com mais qualidade. Mas depende muito do fornecedor”, comentou.
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