Em pronunciamento na tribuna do Senado, o senador Márcio Bittar (União Brasil) fez duras críticas à esquerda brasileira e traçou um paralelo entre a atuação de líderes progressistas do Brasil e o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, que faleceu na última semana. O vídeo foi publicado nesta segunda-feira, 19, nas redes sociais.
Bittar questionou o valor simbólico atribuído ao ex-mandatário uruguaio e utilizou sua trajetória como contraste à da esquerda nacional. “As pessoas só falam o que querem. Por exemplo, o ex-presidente do Uruguai é, de fato, alguém? Para a gente lembrar, é! Mas quando você lembra de alguém e elogia, procure imitá-lo”, afirmou o senador.
Segundo Bittar, há uma diferença fundamental entre Mujica e os representantes da esquerda no Brasil. “Porque sabe qual é a diferença do Mujica, da esquerda que ele representou para a esquerda no Brasil? Primeiro ele entrou com as mãos limpas e saiu com as mãos limpas. A esquerda no Brasil, não! Pode passar 10 anos, 50 anos, ela vai ser lembrada como aquela que fez o maior escândalo de corrupção do mundo democrático de todos os tempos”, apontou.
O senador também abordou o histórico de resistência de Mujica à ditadura militar uruguaia, ressaltando o fato de que, ao assumir o poder, o ex-guerrilheiro não tentou instaurar um novo regime autoritário. “Mujica foi vítima de uma ditadura, de um tipo de ditadura. A militar. Lutou contra ela. Ao chegar no poder, não tentou implantar outra ditadura”, destacou.
Ao comparar o comportamento com o de líderes da esquerda brasileira, Bittar acusou-os de incoerência. “Aqui no Brasil, alguns líderes de esquerda que dizem terem lutado contra a ditadura, mas que queriam implantar outra, hoje, no poder, [estão] associados com alguns ministros do Supremo Tribunal Federal. Aqueles da esquerda brasileira, que dizem que lutaram contra a ditadura, quando estão no poder, tentam implantar outra, como está acontecendo agora”, encerrou.
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