O Ministério da Previdência Social, dado a dinheirama do orçamento, é sim, objeto de cobiça dos corruptos
Os nossos governantes, nos três níveis: federal, estadual e municipal, em princípio, são avaliados pelos seus desempenhos, particularmente, nas seguintes áreas: educação, saúde e segurança pública. Diria mais: seus prestígios e seus desprestígios são diretamente proporcionais aos seus bons e maus desempenhos nas referidas áreas.
Acontece que, do nosso orçamento federal, extrairemos as preocupantes conclusões, isto com base no orçamento de 2024. De um total de R$-2,48 trilhões, aos ministérios da Educação, Saúde e Segurança Pública foram destinados os seguintes valores;
a) Ministério da Educação ………………….R$- 115 bilhões.
b) Ministério da Saúde……………………….R$- 224 bilhões.
c) Ministério da Justiça/segurança……….R$- 17,3 bilhões
A partir dos dados acima, vem à pergunta que não poder calar: por que de um orçamento de R$-2,48 trilhões, apenas os valores acima foram destinados às áreas que são consideradas as mais importantes e necessárias para a nossa população?
Porque do total do nosso orçamento federal mais da metade são destinados ao pagamento dos juros de nossa dívida e ao custeio do nosso Ministério da Previdência, afinal de contas, nada poderia ser mais constrangedor para o nosso país do que passar um calote nos nossos credores, assim como, deixar de pagar os direitos legalmente adquiridos pelos nossos aposentados, pensionistas e demais beneficiários da nossa previdência social.
Lamentavelmente, os nossos orçamentos públicos são cada vez mais solicitados, até mesmo para financiar algumas despesas que são criadas para atender determinados interesses. A exemplificar: o pagamento anual de mais de R$-50,00 bilhões decorrentes das chamadas emendas parlamentares aos nossos orçamentos públicos, e mais escandalosamente ainda, para alimentar determinados esquemas de corrupção, a exemplo do ora está sob investigação. Reporto-me ao escândalo do INSS.
É bastante preocupante a situação fiscal do nosso país, até porque, do que sobra do nosso orçamento federal, e por extensão, dos estaduais e municipais, já não mais estão dando conta de atender o que vem a ser: “direito do cidadão e dever do Estado”.
Enquanto isto, ou mais precisamente, enquanto o Estado brasileiro vem se revelando cada vez mais inoperante, em relação à disputa eleitoral, pode faltar tudo, menos os candidatos do tipo: salvadores da pátria.
Bem disse o célebre e imortal, Bertolt Brecht: “Maldito é o país que precisa de heróis”. Pior ainda, de falsos heróis.