“Próximo governador vai pegar um Acre quebrado e terá que cortar na carne”

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Da redação ac24horas

O programa Boa Conversa, exibido nesta sexta-feira, 16, trouxe uma série de análises do cenário político acreano. Entre os principais temas debatidos pelos comentaristas Crica, Astério Moreira e o jornalista Marcos Venicios, comentaram a mudança do Centro Pop no centro de Rio Branco para o bairro Castelo Branco, articulações eleitorais envolvendo o senador Alan Rick (União Brasil), as movimentações do prefeito Tião Bocalom (PL) e a tensão entre aliados da governadora Mailza Assis (PP).


Sobre o fim do antigo Centro Pop, que funcionava na região central da cidade, Crica fez elogios a decisão do secretário de direitos humanos, João Marcus Luz. “É uma das coisas raras que eu concordo com o João Marcus. O Centro Pop ali no centro era uma distribuição de marmitex e o entorno era um QG de assaltos. Fizeram o certo ali”, disse.


As movimentações de Alan Rick na tentativa de ser o nome da federação PP/UB também foram discutidas. Em entrevista mais cedo, Alan afirmou que as divergências na federação no Acre serão ressolvidas pela cúpula nacional.“O Alan a gente sabe que ele sonha em ser candidato da federação, mas tá praticamente formado, isso aí é ponto pacífico. Ele sonha ainda, mas ele quer levar até a última instância. Essa conversa com o Petecão já aconteceu, ele procurou o Kassab, o Petecão me disse que as portas estão abertas. Os dois [MDB e PSD] acham que ele tá demorando demais”, afirmou Crica.


“Tudo que a gente tá vendo agora pode mudar. Tem conversas do Petecão com Alan, Petecão com Mailza, tem muita coisa pra acontecer, mas esse ambiente político a gente tem que observar. 2018 tava todo mundo junto, 22 tava tudo espatifado. A esquerda não tem candidato. Agora, aquela ausência do Cesário ali no dispositivo, não teria nada de mais o Cesário estar ali”, destacou Astério Moreira.


“O que acontece entre Petecão e Mailza, é que a tropa de choque da Mailza não quer o Petecão perto dela. O Petecão não se afina com essa turma e nem eles com ele”, acrescentou Crica.


A entrevista do prefeito Tião Bocalom ao Bar do Vaz em relação à disputa do governo do Acre em 2026, que colocou o nome, mas não descarta apoiar a atual vice-governadora. “O Bocalom tá apostando na pesquisa, ele quer manter isso, como o segundo colocado. Bocalom quer ser candidato a governador, dorme com um olho aberto e fechado”, disse Crica.


Já Astério relembrou que a dinâmica eleitoral muda entre prefeituras e o governo do Acre ao falar sobre os movimentos do prefeito reeleito, Tião Bocalom. “Quando a Socorro elegeu federal, ela era candidata natural à Prefeitura de Rio Branco com chances de vencer, mas o grupo atravessou com a candidatura do Alysson. Quando o Bocalom ganhou a reeleição, essa foi a ideia do Acre todo. E aí tem a Mailza, que coloca o nome. Ela vai ser a governadora e não abre mão. Ela pode ter 1%, mas vai ser candidata”, afirmou.


Crica ainda lembrou de derrotas eleitorais de ex-prefeitos que almeja voos mais altos, relembrando as derrotas de Flaviano Melo e Marcus Alexandre. “Flaviano chegou bem na Prefeitura e foi candidato a governador e levou uma lambada do JV. A conversa é diferente”, apontou.


“O Bocalom tem que perder a mania de dizer que o PT não fez nada. O Jorge Viana transformou Rio Branco, que antes era uma favela. O Jorge Viana desfavelou Rio Branco. O Bocalom tem seus méritos, mas ele tem que perder a mania de dizer que o PT não fez nada”, disparou Crica.


Outro destaque do programa foi o avanço das federações partidárias. A fusão entre PSDB e Podemos e a federação entre MDB e Republicanos foram debatidas no programa.


“A federação entre o MDB e Republicanos está quase certa, falta ela ser formalizada, mas eu acho que isso aí é prego batido e ponta virada. O Mazinho fez uma reunião paralela para tentar derrubar o Ney Amorim no caso da fusão PSDB/Podemos. E o pessoal do PSDB acha que não, tem que ver quem vai estar mais à frente. Há uma briga ali dentro antes de existir a fusão”, revelou Crica.


“No caso do PSDB e Podemos será fusão, e o Solidariedade vai ter que esperar a Justiça homologar para a sigla entrar. Agora no caso do MDB e Republicanos, tem que ver quem vai comandar aqui no Acre”, observou Astério Moreira.


Na Câmara de Rio Branco, a base do prefeito foi criticada por aprovar um novo empréstimo milionário em regime de urgência. “Isso fere a democracia. A Prefeitura tem uma base majoritária ampla e não precisava fazer as coisas escondidas como o presidente Joabe Lira fez. Isso é muito feio. Isso não é bom para a democracia. Quem muito se abaixa, o fundo aparece”, criticou Crica.


Já em Bujari, o filho do prefeito “Padeiro” se contradisse em audiência sobre compra de votos em relação às eleições de 2024. “Ninguém colocou a faca no pescoço, deve ter tido uma conversa posterior e depois deu essa pastugada”, disse Crica.


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