O Governo do Acre divulgou nesta sexta-feira, 16, uma nota técnica para esclarecer informações sobre o desmatamento no estado. O documento, emitido pelo Centro Integrado de Georreferenciamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), rebate os dados da rede MapBiomas, que apontou um aumento no desmatamento. No documento, a Sema reafirma que os números oficiais utilizados são os do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do projeto Prodes.
Segundo o governo, os dados do Prodes apontam uma redução de 28% na taxa de desmatamento em 2023 em comparação com 2022, e uma estimativa de queda de 25% para 2024 em relação ao ano anterior. A nota técnica afirma que o Acre tem mantido uma tendência de queda consistente e caminha para cumprir as metas do Plano de Prevenção, Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Acre (PPCDQ-AC), que prevê redução anual de 10% até atingir 50% em 2027.
“A taxa de desmatamento do Prodes para o ano florestal 2022-2023 foi de 601 km², com redução de 28% em relação ao período 2021-2022, que registrou 840 km². A estimativa para o período 2023-2024 é de 448 km², o que representa nova queda de 25%”, afirma o trecho da nota.
Em paralelo ao monitoramento, o governo informou que vem executando ações de combate aos crimes ambientais por meio da operação Contenção Verde, deflagrada em fevereiro. A iniciativa, coordenada pelo Grupo Operacional de Comando e Controle (Gocc), já passou por municípios como Feijó, Tarauacá e Acrelândia, este último com os maiores índices de ilícitos ambientais em 2024.
A operação terá caráter permanente, com ações de fiscalização, educação ambiental e responsabilização dos infratores. “O governo do Acre tem se antecipado, de forma preventiva, para coibir a incidência de crimes ambientais, unindo esforços com todos os órgãos do sistema de meio ambiente, em prol de um bem maior: o nosso meio ambiente e a saúde da nossa população”, declarou o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho.
Segundo ele, a próxima reunião do GCF (Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas) será importante para debater medidas conjuntas com estados da Amazônia e países vizinhos, como Peru e Bolívia.
Outra frente de ação citada pelo governo é o reforço no combate a incêndios florestais nas unidades de conservação estaduais. Um processo seletivo foi aberto para contratar 50 brigadistas comunitários, com atuação nas áreas protegidas como as APAs Igarapé São Francisco e Lago do Amapá, a Floresta Estadual do Antimary, o Complexo do Rio Gregório e a Arie Japiim Pentecoste.
Os brigadistas, moradores das comunidades locais, passarão por capacitação e receberão remuneração mensal de R$ 1.476.