O vereador Francisco Maia (Progressistas), de Sena Madureira (AC), se manifestou publicamente por meio de seu advogado, Valber Fontenele, após ser acusado pela ex-companheira, a servidora pública Rutineia Souza, de descumprir uma medida protetiva expedida em seu favor e de importuná-la de forma reiterada.
Rutineia usou suas redes sociais na quarta-feira, 14, para relatar que vem sendo perseguida pelo vereador, mesmo após ele ter sido notificado judicialmente sobre a ordem protetiva. Segundo ela, o parlamentar chegou a ligar para ela enquanto estava no Fórum e também tem feito chamadas de números desconhecidos.
“Falando para vocês que o vereador dessa cidade, Francisco Maia, quebrou a protetiva. Fica me importunando. Ele já foi notificado da medida protetiva e ele continua me importunando”, afirmou em vídeo publicado. Ela disse ainda que possui testemunhas e gravações das ligações.
Em seu relato, a servidora vai além das acusações de assédio e afirma que sofreu prejuízos financeiros durante o relacionamento. De acordo com ela, valores dela e do filho teriam sido usados por Francisco Maia para compra de gado, sem que ela tivesse acesso às informações sobre os investimentos.
Diante da repercussão, o vereador se pronunciou por meio de uma nota divulgada nas redes sociais, na qual afirma que conviveu maritalmente com Rutineia por quase cinco anos, período em que constituíram patrimônio juntos. Segundo ele, o relacionamento chegou ao fim por motivos pessoais, mas ambos continuaram mantendo uma convivência amigável.
A nota afirma que, já separado, Francisco assumiu um novo relacionamento, o que, segundo ele, não foi bem aceito pela ex-companheira e teria motivado os conflitos atuais. “Iniciaram-se conflitos relacionados a ciúmes, que envolveram até mesmo a atual namorada do vereador”, diz o texto.
Em uma das acusações, Rutineia teria chamado o vereador de “gigolô”, alegando que ele a utilizava financeiramente. A defesa nega a afirmação e destaca que Francisco Maia é servidor público efetivo há muitos anos no município, tendo exercido cargos como gerente da Divisão de Trânsito e chefe da Junta de Serviço Militar, além de atualmente ser vereador.
“Demonstra remuneração digna para custear suas despesas”, diz o texto.
A acusação de que ele seria “golpista” também é rebatida. Segundo a nota, o casal teria construído uma casa e adquirido gado juntos, com objetivo de investimento, o que, de acordo com o vereador, desmentiria qualquer alegação de vantagem indevida.
Sobre a quebra da medida protetiva, Francisco esclarece, por meio de seu advogado, que respeita os limites impostos e que a suposta infração se refere a uma videochamada feita pela própria Rutineia à atual companheira dele. No momento da ligação, o vereador estava presente, o que, segundo a defesa, teria causado a irritação da denunciante.
“O vereador afirma que nunca agrediu fisicamente nem psicologicamente a ex-companheira e que todas as acusações são motivadas por não aceitação do novo relacionamento”, declarou o advogado Valber Fontenele.
Por fim, o parlamentar afirmou que tomará todas as medidas judiciais cabíveis para que, segundo ele, “a injustiça não prevaleça”.