A sessão desta quinta-feira (15) na Câmara Municipal de Rio Branco foi marcada por embates acalorados entre os vereadores, especialmente durante a discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 10/2025, que autoriza a Prefeitura a contratar um empréstimo de R$ 67 milhões junto à Caixa Econômica Federal para a compra de 50 ônibus por meio do programa federal Refrota.
Um dos momentos mais tensos ocorreu entre os vereadores Neném Almeida (MDB) e Leoncio Castro (PSDB). A troca de acusações teve início após críticas da oposição ao que classificaram como “falta de transparência” e “pressa” na tramitação do projeto.
“Meça suas palavras, vice-presidente. Aqui não tem nenhuma irresponsabilidade. Respeite este vereador, como eu respeito Vossa Excelência. Votar no escuro é criminoso e irresponsável. O que aconteceu ontem foi um estupro político”, declarou Neném Almeida, referindo-se à aprovação do projeto na véspera, sem a presença da oposição no plenário.
Em resposta, Leoncio Castro defendeu a legalidade do processo e afirmou que não houve qualquer tipo de manobra para prejudicar o debate. “Em momento algum desrespeitei os vereadores da oposição. Quando critiquei, foi no contexto de juros e das condições do empréstimo. Como empresário, sei como essas taxas funcionam, e não poderia deixar de votar. Fui comunicado no mesmo horário que os senhores. Cheguei atrasado, mas estava aqui”, afirmou o tucano.
O parlamentar também acusou Neném de personalizar as críticas. “Não entendo por que o senhor, desde o primeiro dia, faz questão de me atacar. Toda vez que faço uma indicação, o senhor sobe à tribuna para reclamar. Não fiz reunião às escondidas, não combinei nada com ninguém. Recebi a convocação da sessão no mesmo momento que os demais”, afirmou Leoncio.
A discussão se intensificou após Leoncio se referir indiretamente à ausência da oposição na votação como um “ato de covardia”, o que gerou nova reação de Neném Almeida. “O senhor precisa voltar à escola para aprender a se comunicar com respeito. Toda vez fala sem medir palavras. Chamou cinco vereadores de irresponsáveis e covardes. Isso é inadmissível”, respondeu.