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Iniciativa propõe acompanhamento prévio a mulheres em situação de risco

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Da redação ac24horas

Uma nova proposta está em discussão no Acre para ampliar a rede de proteção a mulheres em situação de violência doméstica. A ideia é simples, oferecer apoio antes mesmo que a vítima registre Boletim de Ocorrência ou consiga uma medida protetiva.


A iniciativa, chamada de Patrulha de Prevenção, foi tema de uma reunião realizada nesta segunda-feira, 12, pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), com a presença de representantes da Polícia Militar.


Segundo o MP, a proposta surge a partir da análise de ocorrências registradas por meio de chamadas para o número 190. Muitas dessas mulheres não formalizam denúncia, mas já sinalizam estar em risco.


Para a promotora de Justiça Dulce Helena Franco, que coordena o Centro de Apoio Operacional de Proteção à Mulher (CaopMulher), a estratégia representa um avanço. “O objetivo é garantir uma atuação mais preventiva, com visitas e acompanhamento dessas vítimas mesmo antes da judicialização dos casos. Essa estratégia representa um avanço significativo no enfrentamento à violência doméstica no Acre”, afirma.


A promotora de Justiça Diana Soraia Tabalipa Pimentel, que atua na 2ª Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, também participou da conversa, que envolveu ainda a equipe da Patrulha Maria da Penha, comandada pela tenente-coronel Ana Cássia.


Para a comandante, o diferencial dessa nova atuação está justamente na integração e na proatividade. “Essa nova modalidade é mais proativa, permitindo visitas à vítima mesmo sem medida protetiva, e também ao agressor, com ações sistemáticas de acompanhamento e sensibilização”, explica.


A Patrulha de Prevenção prevê visitas às residências, escuta ativa, ações educativas com agressores e familiares e articulação com outros serviços da rede.


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