Auditores da Receita Federal em Roraima retomaram a greve e suspenderam, até o próximo dia 16 de maio, a fiscalização de mercadorias não perecíveis que entram e saem do país pelos municípios de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, e Bonfim, na fronteira com a Guiana.
Segundo o Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal no estado, apenas os serviços essenciais serão mantidos, com 30% do efetivo atuando na liberação de cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e no cumprimento de decisões judiciais, como exige a legislação.
A categoria protesta contra a redução do bônus de produtividade, anunciada recentemente pelo governo federal, e a falta de propostas concretas para atender às reivindicações que motivaram a paralisação nacional iniciada em novembro de 2024.
De acordo com o presidente do sindicato em Roraima, Omar Rubin, os auditores exigem uma reposição salarial de 9% — o último reajuste aconteceu em 2022. Em Roraima, os profissionais já haviam cruzado os braços em 29 de janeiro, também em protesto pelas mesmas pautas.
Em dias normais, a unidade da Receita Federal em Pacaraima fiscaliza em média 50 carretas por dia, segundo o sindicato.