A capital Rio Branco será sede, entre os dias 19 e 23 de maio, da 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e as Florestas (GCF Task Force), que neste ano traz como tema “Nova Economia Florestal: Conectando Governos, Povos e Oportunidades”. O evento reúne líderes de 11 países e mais de 43 estados e províncias que buscam soluções conjuntas para combater o desmatamento, promover o desenvolvimento de baixas emissões de carbono e fortalecer políticas públicas voltadas à proteção da floresta e aos povos que nela vivem.
Durante os encontros, estão previstas visitas técnicas, painéis com representantes dos setores público e privado, discussões em grupo e apresentação de experiências já consolidadas em municípios do Acre. A expectativa é que os debates contribuam com propostas concretas para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA) no fim do ano.
O secretário de Meio Ambiente do Acre, Leonardo Carvalho, ressalta que o estado tem posição de destaque nas discussões climáticas por ser um dos fundadores da GCF e por ter desenvolvido o Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa), considerado um marco na formulação de políticas ambientais sustentáveis.
“O Brasil está muito em evidência com relação à realização da COP 30, em Belém, e o Acre está dentro dessas discussões como protagonista na elaboração de políticas públicas e enfrentamento. Na verdade, o Acre é um protagonista, um dos fundadores da Força-Tarefa dos Governadores, e vamos estar aqui em uma grande oportunidade de fazermos uma discussão de alto nível com governadores de 11 países. São mais de 43 estados subnacionais que fazem parte da GCF”, afirma.
O diretor nacional do GCF para o Brasil, Carlos Aragon, explicou que a reunião acontece em um momento estratégico, com a aproximação da COP 30. “Estamos às vésperas de uma reunião super importante de negociação dos países, que é a COP30, que será realizada em Belém. E, de certa forma, esse evento em Belém é fundamental para que as demandas de desenvolvimento de baixas emissões dos países sejam consideradas e, obviamente, uma discussão que tem como um dos seus focos o tema de financiamento”, disse.
Segundo Aragon, os 43 governos que integram a GCF representam mais de 80% das florestas tropicais do planeta, o que dá peso às deliberações da rede. Criada com o objetivo de articular ações regionais para frear o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável, a força-tarefa também trabalha para conectar iniciativas locais a fontes de financiamento público e privado, incluindo programas relacionados ao REDD+.
O Acre já havia sediado uma edição da reunião da GCF em 2014. Neste ano, volta a receber o encontro com o desafio de fortalecer o protagonismo da Amazônia no enfrentamento à crise climática e na construção de um modelo econômico mais justo e sustentável.
Com informações da Agência de Notícias do Acre.
