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Índice de resgate de animais silvestres cresce 8% no Acre

Foto: David Medeiros
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Entre janeiro e abril deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) registrou 1.824 ocorrências envolvendo o resgate e controle de animais em áreas urbanas e rurais do estado. O número representa um aumento de aproximadamente 8% em comparação ao mesmo período de 2024, de acordo com dados operacionais disponíveis no Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP).


Entre os animais mais frequentemente encontrados estão cobras, tamanduás, preguiças e até felinos silvestres, que costumam aparecer em quintais de residências ou áreas urbanas durante períodos de estiagem, queimadas ou cheias. Nesses momentos, os bichos deixam seu habitat natural em busca de abrigo, água ou alimento, o que os leva a se aproximar das cidades.


Em entrevista ao ac24horas, a capitã do CBMAC, Mirla Santos, destacou que a orientação do Corpo de Bombeiros é sempre acionar o 193 ao se deparar com qualquer animal silvestre. “Nós orientamos a população que de nenhuma maneira deve se tentar fazer o resgate ou capturar o animal por conta própria, porque é arriscado tanto para a pessoa quanto para o próprio animal. Então, em qualquer situação, ligar 193 para acionamento do Corpo de Bombeiros.”

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A capitã também explicou que o atendimento é feito de forma integrada. “A nossa central de atendimento não fica em unidade específica. A gente atende num sistema integrado, que se chama COBOM, onde você liga 193 e, conforme a área que for demandar daquela ocorrência, é encaminhado pra uma unidade bombeiro militar mais próxima da localidade”, afirma.


Foto: David Medeiros

O Corpo de Bombeiros ressalta que capturar um animal silvestre sem preparo representa riscos graves. Muitas dessas espécies têm comportamento defensivo imprevisível e podem ser venenosas ou transmitir doenças. Além disso, o estresse causado por uma abordagem inadequada pode gerar reações agressivas nos animais ou mesmo levá-los à morte.


A contenção incorreta pode ainda resultar em acidentes como mordidas, arranhões ou quedas. A capitã alerta também para cuidados em casos de picadas de serpentes, escorpiões ou aranhas. Segundo ela, é essencial manter a calma, não manipular a área afetada e procurar atendimento médico imediato. Não se deve fazer torniquete, cortar ou sugar o local da picada. A recomendação é manter a área em repouso, abaixo do nível do coração e, se possível, fotografar o animal à distância para auxiliar na identificação, sempre evitando qualquer tentativa de captura. O soro antiofídico só deve ser administrado em ambiente hospitalar, após avaliação médica, e o Corpo de Bombeiros pode ser acionado para realizar o transporte em casos de emergência.


O aumento das ocorrências, segundo o CBMAC, se concentra entre os meses de julho e outubro, período de estiagem e queimadas, e entre janeiro e março, quando há chuvas intensas. Nesses períodos, cresce significativamente o número de chamados envolvendo animais silvestres, o que reforça a necessidade de cuidados preventivos, como manter terrenos limpos e evitar acúmulo de entulho, reduzindo a possibilidade de abrigo para esses animais.


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