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Edvaldo diz que governo “faz jogo de cena” para não valorizar a segurança

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Agência Aleac

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) saudou os operadores da segurança pública presentes nas galerias durante a sessão desta terça-feira, 13, e fez um alerta: “Vocês estão inaugurando as Jornadas de Maio. É a primeira categoria que inicia as mobilizações do mês, e estão fazendo isso no tempo certo. Mas é preciso estar muito atento”, disse.


O parlamentar abriu sua fala destacando a importância da mobilização dos servidores da segurança pública, que estiveram na Aleac reivindicando valorização e o cumprimento de compromissos assumidos pelo governo estadual. Para ele, a movimentação é essencial para reacender a esperança de avanços concretos nas pautas da categoria. “Porque senão, tudo fica no discurso. Compromissos não cumpridos não podem passar em branco”, enfatizou.


Relatando uma conversa casual com policiais penais em um comércio local no último domingo (Dia das Mães), o deputado contou ter ouvido um desabafo que o marcou profundamente. “Um policial penal me disse, com um olhar seco: ‘O governador já tomou birra com a gente’. Isso me tocou, porque não foi provocado, foi um sentimento expresso com sinceridade por quem está na linha de frente e sente o descaso”, contou Edvaldo.


O oposicionista ainda revelou uma conversa com o secretário de Fazenda do Estado, José Amarísio Freitas, sobre o aguardado relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal, previsto para ser divulgado entre os dias 15 e 20 de maio. Edvaldo chamou atenção para um possível “jogo de cena” do governo ao não contabilizar valores de um contrato milionário firmado com o Banco do Brasil, o que poderia comprometer artificialmente os indicadores fiscais e justificar o adiamento de reajustes e negociações salariais.


“A primeira parcela desse contrato já deveria ter entrado nos cofres públicos há 15 dias. A segunda já está vencida. E por que isso interessa a vocês? ”, questionou, dirigindo-se aos servidores nas galerias. “Porque, se não entra o recurso, o índice da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) continua no limite. E aí o governo pode alegar impedimento legal para não avançar nas negociações. Essa pode ser a trama em curso para empurrar as reivindicações para o próximo quadrimestre”.


Magalhães afirmou estar vigilante e comparou sua postura à de um “bacurau”, ave conhecida por enxergar no escuro: “Estou acompanhando isso com dois olhos. Olhos de bacurau. Observando as manobras que estão tentando fazer para impedir avanços não só na segurança, mas também na saúde e na educação”, complementou.


Ao encerrar sua fala, o deputado reforçou sua solidariedade com os trabalhadores da segurança pública e garantiu que continuará acompanhando de perto os desdobramentos fiscais e políticos que impactam diretamente as pautas das categorias mobilizadas. “Que essa mobilização de hoje seja o marco de uma jornada que vai exigir responsabilidade, transparência e respeito aos compromissos assumidos com os trabalhadores do nosso Estado”.


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Agência Aleac