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Cumprimento de norma sobre escolta de presos no Acre é recomendado pelo MP

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Da redação ac24horas

A Promotoria de Justiça Especializada do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) expediu a Recomendação nº 001/2025, destinada ao presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (IAPEN), com orientações para garantir o cumprimento de normas sobre a movimentação externa de presos e proteção aos Policiais Penais. O documento foi publicado na edição do Diário Eletrônico da instituição nesta quinta-feira, 8.


Assinada pela promotora de Justiça Maria Fátima Ribeiro Teixeira, a recomendação tem como base dispositivos legais federais e estaduais que regem o controle externo da atividade policial e a defesa dos direitos fundamentais dos servidores públicos.


Inquérito motivado por denúncias


A medida tem origem na Notícia de Fato nº 01.2024.00004851-9, instaurada após o recebimento de documentos que relatam descumprimento reiterado da Instrução Normativa nº 001, que regula o Procedimento Operacional Padrão (POP) no IAPEN. O item 10.9 da norma estabelece o número mínimo de Policiais Penais para a escolta externa de presos, mas, segundo o MPAC, o protocolo não vem sendo observado.


A promotoria alerta que a omissão tem exposto os servidores a riscos físicos e a responsabilidades funcionais indevidas, o que fere o artigo 7º, inciso XXII da Constituição Federal, que trata da redução dos riscos inerentes ao trabalho.


Prazo de 20 dias para adoção de providências


Diante do cenário, o MPAC recomenda que o IAPEN adote providências administrativas no prazo de 20 dias, como o remanejamento de efetivo ou reformulação das escalas de serviço, de modo a compatibilizar o número de agentes com a demanda diária.


Além disso, determina:


Cumprimento integral da Instrução Normativa nº 001, especialmente quanto ao item 10.9;


Implementação de medidas de fiscalização e controle interno, com emissão de relatórios periódicos;


Garantia de condições adequadas de trabalho aos Policiais Penais.


Envio a diversas autoridades


A recomendação foi enviada, para ciência e providências cabíveis, às seguintes autoridades e órgãos:
Presidente do IAPEN;


Corregedor-Geral da Polícia Penal;


Secretário de Segurança Pública;


Procuradoria-Geral de Justiça do MPAC;


Corregedoria-Geral do MPAC;


Promotoria com atribuição na execução penal;


Diretores dos presídios da comarca;


Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (SINDPOL).


Após o prazo de 20 dias, o MPAC deverá ser informado formalmente sobre as providências adotadas. O documento também determina o registro da recomendação no sistema interno do Ministério Público e prevê nova cobrança caso não haja resposta no período estipulado.


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