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Mama, abdômen e lipoaspiração são “carros-chefes” da cirurgia plástica no Acre

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Da redação ac24horas

O médico e apresentador Dr. Fabrício Lemos apresentou no programa Médico 24 Horas exibido nesta segunda-feira (12) pelo jornal ac24horas, o cirurgião plástico Dr. Wilson Rondo, que abordou o panorama das cirurgias plásticas no Acre, destacando as principais demandas da população, técnicas modernas e a importância da segurança e ética nos procedimentos.


No Acre, de acordo com Rondo, as cirurgias plásticas mais procuradas refletem o desejo por contorno corporal e estética, especialmente entre mulheres que buscam se sentir confiantes em situações como ir à praia ou usar biquíni. Segundo Rondo, as mamoplastias de aumento (implantes de silicone), abdominoplastias e lipoaspirações lideram as preferências. “A mídia influencia muito, e pacientes, incluindo multíparas ou aquelas com flacidez pós-gravidez ou perda de peso, querem corpos mais definidos”, explica. Rondo também notou um aumento na busca por rinoplastias e cirurgias faciais, embora mama, abdômen e lipoaspiração sejam o “carro-chefe” no estado.


Rondo, formado na escola de Ivo Pitanguy (1923 – 2016) – referência mundial em cirurgia plástica –, detalhou as técnicas que utiliza para atender às demandas acreanas. Na mamoplastia, a escolha da prótese é personalizada, considerando fatores como elasticidade da pele e objetivos da paciente. Ele utiliza silicone coeso, que não extravasa, e próteses de última geração com garantia de até 30 ou 40 anos. “Não são eternas, mas a durabilidade evoluiu muito. Antes, recomendava-se troca a cada 10 anos; hoje, isso não é mais regra”, esclarece.


Foto: Whidy Melo/ac24horas

Na lipoaspiração, o cirurgião enfatiza que o procedimento é para contorno corporal, não emagrecimento, e alerta contra repetições excessivas, que podem causar fibroses. Ele utiliza a hidrolipoaspiração artesanal, transplantando gordura retirada de áreas como o abdômen para regiões como os glúteos, com baixa taxa de rejeição quando realizada com cânulas adequadas. “O calibre da cânula de aspiração e injeção deve ser o mesmo para preservar a gordura”, fala.


Dr. Wilson Rondo critica procedimentos realizados em locais sem estrutura hospitalar, como consultórios improvisados, e alerta sobre os riscos de cirurgias no exterior, especialmente na Bolívia. “Atendo pacientes com infecções graves e pontos estourados. Já houve casos de óbito. No hospital, temos anestesista e equipe para tratar intercorrências”, afirma. Ele acompanha os pacientes por até seis meses no pós-operatório, sem custo adicional, garantindo cuidados como tratamento de cicatrizes ou uso de câmaras hiperbáricas quando necessário.


A ética na divulgação de resultados também foi abordada. Rondo condena o uso de artifícios em fotos de antes e depois, como iluminação manipulada ou maquiagem, que enganam o público. “O Conselho Federal de Medicina está atento. As fotos devem ser honestas, na mesma posição e sem edições”, reforça.


Veja a entrevista completa:


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