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China e EUA chegam a acordo sobre tarifaço

Bandeiras de China e EUA em Xangai • 16/11/2021 REUTERS/Aly Song

Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir durante 90 dias as chamadas “tarifas recíprocas” entre os dois países.


Com o acordo, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%.


Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%.


Representantes das duas potências se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto nesta segunda-feira (12).


Eles disseram que a suspensão das tarifas entrará em vigor até 14 de maio, mas não divulgaram a data exata.


“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais”, afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. “Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção.”
“O consenso das delegações neste fim de semana é de que nenhum dos lados deseja um desacoplamento”, continuou Bessent. “E o que havia ocorrido com essas tarifas altíssimas era o equivalente a um embargo e nenhum dos lados quer isso. Queremos o comércio.”


Bessent explicou, porém, que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o “reequilíbrio estratégico” em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos.


A escalada das medidas tarifárias do presidente americano Donald Trump, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA, abalou os mercados financeiros no mundo todo no mês passado.


Agora, após a notícia do acordo com a China, o dólar subiu em relação a outras moedas importantes e os mercados de ações se recuperaram, o que ajudou a aliviar as preocupações sobre uma possível recessão global.


O acordo foi mais longe do que muitos analistas esperavam. “Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters.


“Obviamente, esta é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo”, acrescentou Zhang.


Trump diz que vai negociar novas tarifas com a China


A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.


A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.


Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.


Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.


A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para “revidar até o fim”.


Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.


A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.


No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma “pausa” no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.


O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.


Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.


Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.


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