Foto: Arquivo pessoal/Manoel Façanha
Após ser acusado de tentar arrombar a casa de Eugênio Leão Braga, conhecido como Macapá, presidente do Independência Futebol Clube, o técnico e gestor esportivo José Henrique Rodrigues, conhecido Erick, apresentou sua versão dos fatos em entrevista concedida neste sábado (10). Segundo ele, não houve qualquer tentativa de invasão ao imóvel, e sim um desentendimento motivado por uma dívida que o clube teria com ele.
Questionado sobre a acusação feita por Macapá, Erick respondeu. “Esse mau-caráter, ele me deu uma volta de um valor imensurável. Porque eu ganhei o campeonato e o contrato é renovado automaticamente e ele reincidiu. Mas beleza, eu larguei pra lá pra não me aborrecer. O único compromisso era me pagar”, pontuou.
O técnico afirma que vinha enfrentando uma série de descontos indevidos nos repasses devidos a ele desde a participação do clube em competições como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro Série D.
“Na primeira, quando ele foi me pagar, ele veio com números descontos. Na segunda, inventou mais um monte de desconto. Na terceira, arrumou mais desconto. Agora, a última, ele veio inventar de uma multa lá que o clube me tomou do trabalho. Eu não tenho nada a ver com isso. Eu não sou do clube, irmão”, pontuou.
Segundo Erick, ele foi várias vezes à casa de Macapá para cobrar os valores devidos, até que, em uma das idas, ocorrida na sexta-feira (09).“Ele xingou a minha mãe, que eu não a tenho mais há seis anos. E aí, meu amigo, acabou qualquer tipo de diálogo com ele, entendeu. Eu dei três porradas com a mão aberta na janela dele Foi o que eu fiz. Pra não dar soco nos córneos dele. Por causa da idade dele. Não houve arrombamento. Arrombar a casa dele pra quê?”, relatou.
Na entrevista, ele ainda criticou a cobertura do caso e defendeu que a manchete correta deveria destacar o suposto calote sofrido.“O Acre é um lugar tão maneiro, que ao invés de estar todo mundo valorizando a volta que o clube tá tentando me dar, tão querendo valorizar uma fala de um velho caloteiro. Vocês tinham que fazer uma manchete assim: ‘Macapá tenta dar calote em técnico que deu título ao Independência”, pontuou.
Erick revelou que, além de técnico, assumiu toda a gestão do futebol do clube nos anos de 2023 e 2024, arcando com todas as despesas. “Eu fiz um contrato de gestão. O futebol do Independência em 2023 e 2024 foi tocado por mim. Todas as despesas de manutenção do coube foram minhas. O clube não entrou com nada. Nem uma bala, nem água. O contrato diz que dois terços de tudo que entra no clube é meu, só que o dinheiro entra na conta do clube e ele acha que é dele e não quer pagar”, observou.
De acordo com ele, o clube ainda deve cerca de R$ 300 mil em valores devidos por três cotas de premiações. “A primeira cota já saiu, que é de R$ 158 mil, que são meus R$ 105 mil. A segunda sai no fim de julho, que é R$ 150 mil, mais R$ 100 mil que ele vai ter que me dar. E a outra em agosto, que é mais R$ 100 mil. Ainda falta me dar R$ 300 mil”, salientou.
Até o fechamento desta reportagem, o presidente do Independência, Eugênio Leão Braga, ainda não apresentou imagens que confirmem a tentativa de arrombamento. Erick, por sua vez, afirma que está disposto a comprovar sua versão e cobra o envio das supostas gravações.