Cardeal Robert Francis Prevost - Foto: Gabriel BOUYS/ AFP
O novo papa Leão 14, nome escolhido pelo cardeal norte-americano Robert Prevost, já foi criticado no passado por supostamente acobertar casos de abuso sexual nos EUA e no Peru.
Há 25 anos, padre da Província Agostiniana de Chicago, então liderada por Prevost, foi acusado de abusos sexuais contra menores. Mesmo após as acusações da própria igreja local, o religioso foi autorizado a se hospedar em um mosteiro próximo a uma escola primária católica, segundo o jornal The Washington Post. O Vaticano negou que Prevost tenha autorizado a hospedagem do padre.
No ano passado, surgiram questionamentos sobre o conhecimento de Leão 14 sobre abusos na diocese em que ele comandava no Peru. Dois padres da diocese de Chicago foram acusados de abusar sexualmente de três meninas, e uma denúncia deste ano diz que “Prevost não abriu uma investigação [e] enviou informações inadequadas a Roma”.
A diocese de Chiclayo foi acusada neste ano de pagar US$ 150.000 às meninas para silenciá-las. O Vaticano nega qualquer irregularidade por parte do agora novo papa.
O norte-americano Robert Prevost, 69, é o novo papa. O nome dele, escolhido hoje no conclave e foi anunciado ao mundo da sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, após quatro escrutínios.
Pontífice usará o nome de Leão 14. O anúncio foi feito pelo cardeal Dominique Mamberti em latim, seguindo a tradição da Igreja Católica. “Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam” (“Anuncio-vos uma grande alegria: temos um papa”), afirmou.
Primeira aparição e bênção. Após surgir na sacada, o novo papa fez a bênção “urbi et orbi” (à cidade e ao mundo), direcionada aos fiéis que se aglomeravam em frente à Basílica de São Pedro. Ele lembrou do papa Francisco e saudou a “todos que precisam da nossa caridade, presença, diálogo e amor”.