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“BR-364 entrou em falência total”, diz chefe do DNIT ao cobrar união da bancada federal

Foto: Jardy Lopes
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O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo, classificou em entrevista na manhã desta quarta-feira, 7, ao Boa Conversa – Edição Aleac, a situação da BR-364 como crítica e anunciou que a rodovia passará por um processo de reconstrução completo. A obra deve empregar macadame hidráulico, um tipo de base de pedra que, segundo ele, garante mais durabilidade ao asfalto. A fala aconteceu momentos antes da audiência pública sobre a rodovia que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul na Aleac.
“A BR-364 já entrou em falência total. Nós estamos começando a fazer, desde já, a reconstrução, que vai ser licitada. Vai ser usado o macadame hidráulico em todo esse percurso de 400 quilômetros, de Sena Madureira até o Liberdade”, afirmou Araújo.


De acordo com o superintendente, só no ano passado foram investidos cerca de R$ 350 milhões na rodovia, no trecho que vai da divisa do Acre com Rondônia até Cruzeiro do Sul, totalizando mais de 700 km. Desse valor, cerca de R$ 150 milhões foram destinados especificamente à aplicação do macadame.


“É muito caro, mas é uma obra que fica em definitivo. Se você for do aeroporto até o Bujari, aquele trecho até dois anos atrás era pior do que a BR lá pra frente. Nós recuperamos, passou a mesma chuva, o mesmo peso de veículos, e ele permaneceu intacto. E o mais importante é que essa reconstrução vai ficar muito cara. Estamos falando de um projeto que vai ser licitado na casa de R$ 7 milhões por quilômetro. Você está falando em bilhões”, destacou.

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Araújo criticou ainda a comparação com a malha viária de Rondônia, onde, segundo ele, há mais unidade entre os parlamentares para garantir recursos. “Lá, a bancada estava mais unida, preparando mais recursos. E tem outra: a pedra vem do lado. Aqui, o que torna caro é o transporte da pedra, que sai de 300 quilômetros para chegar em Rio Branco, e depois mais 400 para chegar ao trecho da obra”, explicou.


Sobre o orçamento para 2025, o superintendente admitiu que ainda é limitado, mas apontou que a expectativa é licitar, até outubro, a reconstrução de 200 quilômetros da estrada. “Vamos ter aí um pouco de recurso, que vai dar para fazer basicamente mais de 30 quilômetros de macadame até sair a licitação. Saindo, pode ser colocado dinheiro para a reconstrução. Mas não é só licitar. Tem que arranjar cinco ou seis pedreiras, muitos caminhões para transporte. É uma mobilização que requer investimento. Isso é uma obra para durar, no mínimo, de três a quatro anos para ser executada”, explicou.


Ainda segundo Araújo, em 2024 foram feitos cerca de 30 quilômetros com macadame, além de obras em 78 pontos de erosão, com custo superior a R$ 120 milhões. Ele citou como exemplo a galeria no Quinoá, que custou R$ 5 milhões. “Essas erosões que se derretem no meio da estrada são mais de 250. Nós já resolvemos 78. E isso também é investimento”, completou.


Sobre a ponte do Caeté, o superintendente disse que a estrutura de apoio está sendo reconstruída e que um projeto robusto de uma nova ponte já está sendo desenvolvido. “Vamos passar todo o trânsito por um pontilhão que está pronto e, depois, reconstruir o pilar de apoio. O problema ali no local é geológico. O Caeté, abaixo de 100 metros, se move como se fosse um rio. Mas fizemos todos os estudos, temos o levantamento minucioso, e a ideia é iniciar a travessia normal a partir de setembro ou outubro”, concluiu.


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