O Acre está participando da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que teve início nesta terça-feira, 6, e segue até sexta-feira, 9, em Brasília (DF). O evento reúne representantes de todo o país para discutir soluções para a emergência climática e a construção de políticas públicas ambientais. A delegação acreana é formada por 32 delegados com direito a voto, que estão apresentando 20 propostas elaboradas a partir das etapas municipais e estadual da conferência.
Os representantes do Acre são dos setores público e privado, da sociedade civil, povos originários e comunidades tradicionais. Três são delegados natos, com cadeira garantida na conferência; 18 foram eleitos na etapa estadual e outros 11 nas conferências livres organizadas no estado.
“As propostas foram reunidas a partir de debates nas etapas municipais e estadual da conferência, com a participação de representantes dos setores público e privado e da sociedade civil”, explicou a secretária adjunta da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Renata Souza, que está presente no evento. “As medidas levam em conta a realidade ambiental e definem alternativas locais e nacionais para esses enfrentamentos”, completou.
As propostas do Acre estão distribuídas entre cinco eixos temáticos definidos pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA): Mitigação, Preparação e Adaptação para Desastres, Justiça Climática, Transformação Ecológica, e Governança e Educação Ambiental.
Entre os pontos apresentados no eixo de Mitigação, o estado propõe o fortalecimento da gestão de resíduos sólidos, ações de saneamento básico, conservação de nascentes e matas ciliares, e alternativas à emissão de gases e ao desmatamento.
Na área de adaptação a desastres, o Acre defende a criação de um plano diretor para identificação de áreas de risco, programas de brigadas de combate a incêndios florestais e um plano de adaptação climática com soluções baseadas na natureza e sistemas de alerta.
A garantia de participação de povos originários e comunidades tradicionais nas decisões climáticas é destaque no eixo de Justiça Climática. Já na Transformação Ecológica, o foco está no fomento ao desenvolvimento rural sustentável e em programas integrados de educação ambiental. Também estão entre as propostas a criação de políticas estaduais e municipais de educação ambiental e a inclusão do tema no currículo escolar das redes pública e privada.
A conferência é promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e vai selecionar 100 propostas entre todas as apresentadas pelos estados para subsidiar as futuras políticas ambientais do país.
Com informações da Agência de Notícias do Acre