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Governo Federal entrega 260 cisternas para escolas de Marajó, no Pará

Por
Agência Gov

Escolas rurais do Arquipélago de Marajó, no Pará, receberam 260 cisternas para fortalecer o abastecimento de água no período de seca. A entrega foi realizada nesta segunda-feira (5/5), pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Com investimento de R$ 7,3 milhões, a ação beneficia 17 municípios da ilha.


“Quando a energia acabava, a água sumia. Não dava para cozinhar, limpar os banheiros ou manter a higiene. Antes, a falta de água nos obrigava a dispensar os alunos”. O depoimento da diretora Lizia Raquel Gomes, da Escola Municipal de Joanes, em Salvaterra, sintetiza o desafio vivido por dezenas de escolas rurais da região do Marajó, que agora será superado com a instalação dos equipamentos.


O sistema de captação de água da chuva garante abastecimento contínuo para alunos, funcionários e comunidades vizinhas das escolas beneficiadas. A tecnologia inclui bombas e tratamento de água, permitindo o uso para consumo, higiene, alimentação e até irrigação de hortas escolares.


O ministro Wellington Dias (MDS) reforçou o compromisso do Governo Federal com a região. “É uma tecnologia fácil. A própria comunidade aprende como funciona. Garante água, com tratamento e distribuição”, disse.


ARMAZENAMENTO — Nos seis meses de chuvas intensas na região no inverno amazônico, as cisternas armazenam água suficiente para suprir as necessidades das escolas no período de estiagem. “Não é só pegar a água da chuva e beber. Aprendemos a limpar a cisterna, usar os equipamentos e garantir água segura”, explicou Siane Cristina Lopes, merendeira que recebeu a capacitação para o uso das cisternas pelo projeto.


MUNICÍPIOS — As cisternas, com capacidade para armazenar até 10 mil litros cada, foram distribuídas em 17 municípios, para atender as escolas da ilha de Marajó: Afuá (16), Anajás (16), Bagre (15), Breves (15), Cachoeira do Arari (15), Chaves (15), Curralinho (15), Gurupá (17), Melgaço (15), Muaná (15), Oeiras do Pará (15), Ponta de Pedras (21), Portel (15), Salvaterra (21), Santa Cruz do Arari (14), São Sebastião da Boa Vista (16) e Soure (4).


Além dos alunos, as cisternas vão beneficiar moradores do entorno. “Se faltar energia, o poço artesiano para de funcionar. Então, no momento que parar, muitas pessoas das casas aqui perto podem vir à escola e captar essa água para consumo, higienização e fazer seu alimento”, destacou Siane Cristina.


“Hoje, com este projeto tão importante, as crianças vão ficar na escola. Não vão mais para casa. A escola vai ficar sempre limpa. É muito bom ter água”, finalizou a diretora da escola Lizia Raquel Gomes.


PROGRAMA CISTERNAS — O Programa Cisternas tem como objetivo promover o acesso à água para consumo humano e produção de alimentos através da implementação de tecnologias sociais simples e de baixo custo. A iniciativa, criada em 2003, completou duas décadas e, atualmente, leva água para 1,3 milhão de famílias do Semiárido e da Amazônia. Os equipamentos são destinados às famílias rurais de baixa renda e a equipamentos públicos rurais afetados pela seca ou falta de água, com prioridade para povos e comunidades tradicionais.


PARTICIPANTES — A entrega desta segunda contou com a presença do prefeito de Salvaterra, Valentim Lucas; do secretário de estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Pará, Inocêncio Renato Gasparim; da secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Luiza Trabuco; do deputado federal, Airton Faleiro; do superintendente do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Paulo Rocha; além de parlamentares estaduais.


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