Até dezembro de 2024, número de cirurgias realizadas atingiu marca histórica de 61,3 mil. Foto: Izabelle Farias/Sesacre
Um estudo recente sobre a distribuição de médicos no Brasil expõe uma realidade do Acre, que está entre os três com menor número de cirurgiões por habitante em todo o país. Com apenas 9,52 cirurgiões para cada 100 mil habitantes, o Acre aparece ao lado do Maranhão (9,40) e do Pará (8,73) como uma das unidades da federação mais desassistidas nesse tipo de atendimento especializado. A média nacional é de 20,89 cirurgiões por 100 mil habitantes.
O dado revela um cenário crítico, especialmente considerando a importância dos profissionais de cirurgia para procedimentos de urgência, atendimentos hospitalares e tratamentos de doenças graves. A escassez compromete não só a qualidade do atendimento, mas também a capacidade do sistema de saúde de dar respostas rápidas à população.
Os cirurgiões são um exemplo da desigualdade regional na distribuição de médicos especialistas. O País tinha 353.287 profissionais nessa categoria em 2024, um crescimento de 154% em uma década, mas a distribuição nacional deles é “extremamente irregular”, de acordo com o documento. O Distrito Federal (453,50 por 100 mil habitantes) e São Paulo (244,19) têm as maiores concentrações, enquanto Maranhão (68,22), Pará (70,73) e Amazonas (81,29) apresentam as menores densidades.