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Pessoas com deficiência protestam contra falhas em elevadores de ônibus em Rio Branco

Por
Whidy Melo

Um grupo de pessoas com dificuldade de mobilidade que utilizam cadeira de rodas compareceu na Câmara de Rio Branco, na manhã desta quarta-feira (30), em manifestação aos problemas mecânicos envolvendo plataformas elevadoras que equipam o transporte coletivo do município. De acordo com os usuários, a frequente indisponibilidade de acessibilidade aos ônibus dificultam a independência os usuários. O superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, disse que trabalha para resolver as solicitações e apontou que integrantes do movimento são usados como massa de manobra política.


Segundo Agnaldo Casote Borges, de 42 anos, os cadeirantes constantemente ficam em paradas de ônibus em Rio Branco aguardando passar um coletivo que tenha um elevador funcionando, mas o número de equipamentos quebrado é muito superior aos funcionais. “A gente espera o ônibus, o primeiro vem quebrado, o segundo também, o terceiro eu vim embarcado na mão, porque os três estavam quebrados. A grande maioria dos elevadores estão quebrados. Moro no Recanto dos Buritis e faço faculdade na UFAC, tenho que pegar o ônibus cinco horas da manhã, se não for esse horário a gente não consegue chegar no horário certo”, diz.


Alzinira Araújo da Silva disse à reportagem que a falta de elevadores em ônibus, por vezes, faz com que os cadeirantes optem por percorrer longos percursos nas próprias cadeiras de rodas, do que por esperar um veículo que ofereça um elevador funcional. “Tem muitas vezes que meu esposo que me leva pra aula do Carandá até o Teatro Barracão, na Sobral, empurrando a cadeira. É difícil”, justifica.


A Superintendência de Transporte e Trânsito de Rio Branco – RBTrans, oferece um programa específico para transporte de pessoas cadeirantes, o SAUD. No entanto, o serviço só tem disponível duas vans, funciona por agendamento de um dia para o outro, e prioriza usuários que estão em tratamento de saúde.


“Temos que agendar de segunda-feira pra quarta-feira, ou de terça-feira pra quinta-feira, e assim por diante. Fora que pra esse agendamento, às vezes temos que esperar mais de meia hora só pra ser atendido”, explica Agnaldo Casote.


O que diz a RBTrans

Em resposta à solicitação do ac24horas sobre o assunto, o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, disse que tratou do assunto recentemente em reunião com o Centro de Apoio à Pessoa Com Deficiência Física do Acre – CADEPAC, afirmou que trabalha para resolver as solicitações, e apontou que integrantes do movimento são usados como massa de manobra política.


“Nós estamos trabalhando, nessa licitação agora, para que a empresa vencedora trabalhe em cima das plataformas manuais. Com relação ao SAUD, existem duas vans novas fazendo atendimento, cada van dessas tem espaço para dois cadeirantes mais cinco acompanhantes dentro, mas existem pessoas beneficiadas que não teria direito conforme a resolução expedida pela RBTrans, isso está bem alinhado com o presidente da CADEPAC, mas eu que ocorre é que eles, em movimento à parte e às vezes até incentivado por alguns fatores políticos de alguns oportunistas, são utilizados como massa de manobra para fazer esses questionamentos”, disse.


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Whidy Melo