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O Acre no tempo dos atoleiros!

Fazia tempos! Deu até pra matar a saudade de ver um bom atoleiro na BR-364 como nos tempos antigos até a chegada do governador Orleir Cameli (1995-1998), que acabou com eles. A fila de carretas, caminhões, carros, ônibus e gente com o pé na lama conversando e contando histórias … aventuras de verdade.


Não é que a BR não tivesse seus buracos de costume, mas um atoleiro mesmo de vergonha deu ar de sua graça entre Sena Madureira e Manoel Urbano ontem por conta das chuvas atípicas de abril. La Ñina se aquietou no Pacífico. Ótimo! Sinal de que teremos um verão com chuvas e não aquela coisa esturricada de seca.


No tempo dos grandes atoleiros gastava-se até uma semana para chegar em Cruzeiro Sul ou mais. Isto, quando a estrada não fechava e os táxis aéreos faturavam. Para Brasiléia (237 km), por exemplo, nos dias de mais chuva a viagem durava dois dias. Ah, o Olho D’agua e a ladeira da Vovó fizeram muita gente pernoitar na lama entre Xapuri e Epitaciolândia. Hoje, se faz em duas horas e meia.


Certo é, que os atoleiros nos fizeram viver verdadeiras jornadas. Tempos difíceis?! Sim, tudo bem, mas as experiências e o sofrimento forjaram a vida de muita gente boa. Não era o pé na jaca, era na lama, na tabatinga (se fosse branca, pior).


Quem viveu essas aventuras indo aos municípios ou fazendas, tem muito a contar para filhos e netos. Foi esse passado de dificuldades que forjou o Acre de hoje, o Acre dos atoleiros. E é porque não falei do trecho entre Porto Velho e Rio Branco, muito menos de Assis Brasil que se ia a pé, na lama, rompendo atoleiros.


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