Foto: David Medeiros
A greve geral na saúde estadual, que estava prevista para iniciar nesta terça-feira (29), foi suspensa após negociação entre os sindicatos e a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Representantes de nove categorias se reuniram na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) para avaliar as correções feitas no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que estava sendo discutido há mais de 18 meses.
Segundo Jean Marcos, presidente do Sintesac, embora o Sindicato dos Médicos não tenha participado do encontro, demais categorias como dentistas, biomédicos, condutores, técnicos de laboratório, técnicos em raio-x, técnicos de enfermagem, enfermeiros e nutricionistas estiveram representadas. Ele explicou que o plano inicialmente apresentado pela Sesacre possuía diversas falhas, como a ausência de progressão para algumas categorias.
“Nós recebemos esse plano cheio de falhas, faltando enquadramento, faltando algumas categorias adentrar dentro do plano. Encaminhamos de volta para a Sesacre e agora, após as correções, vamos levar a minuta corrigida para votação em assembleia”, disse Jean Marcos.
A nova assembleia-geral está marcada para o dia 7 de maio, a partir das 9h, na Livraria Paim. Os sindicatos esperam que o Governo envie o projeto finalizado à Assembleia Legislativa até o dia 15 de maio. Caso isso não ocorra, a categoria pode decidir por um novo indicativo de greve.
Foto: David Medeiros
“Precisamos de celeridade. A Casa Civil precisa enviar esse projeto corrigido até o dia 15. Se não for encaminhado, vamos colocar em votação na assembleia e os trabalhadores vão decidir se entram em greve”, reforçou o presidente do Sintesac.
Além da reformulação do plano, Jean Marcos também cobrou melhorias nas condições de trabalho. Ele citou a situação das obras paradas em hospitais de municípios como Feijó e Manoel Urbano e denunciou a defasagem salarial: “Tem trabalhador com 33 anos de serviço ganhando menos que um salário mínimo. Nosso objetivo é, com essa revisão, dobrar o salário desses trabalhadores.”
Iunaira Cavalcante, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, também destacou a longa jornada de negociação e reforçou o apelo por agilidade no trâmite legislativo.
“São 25 anos esperando essa reformulação. Há mais de 18 meses estamos negociando. Esse plano contempla ganhos, sim, não como gostaríamos, mas foi o que conseguimos de melhor. Agora a nossa tratativa com a Sesacre se encerra. O servidor não tem mais como esperar”, afirmou.
A cobertura completa segue sendo atualizada pelo ac24horas, que acompanha todos os desdobramentos da mobilização dos trabalhadores da saúde no estado.