Integrantes de acampamentos do Movimento Sem Terra (MST) relataram que passaram por situações de agressão por parte de polícias militares durante abordagem no estado. Há registros das equipes cercando o acampamento Beatriz Bandeira, em Caseara, oeste do estado, onde dezenas de famílias reivindicavam direito à terra.
Conforme os relatos, viaturas com sirenes ligadas fizeram rondas no local no feriado da Semana Santa. Um dos integrantes do movimento que prefere não se identificar conta como foi a abordagem policial, considerada violenta.
Em nota, a Polícia Militar informou que segue procedimento legal padrão e que na ausência de decisão judicial que determine o contrário, atua provendo a segurança no local para a restauração da ordem e a manutenção da posse legal e pacífica por quem a detém no momento. Também visa coibir invasões em andamento, “impedir o exercício arbitrário das próprias razões e preservar o estado de fato até que o Poder Judiciário, única instância competente, decida sobre a disputa fundiária” .
O Tocantins tem dez acampamentos do MST atualmente e as denúncias de violência contra integrantes são frequentes. Desde o dia 17 de abril, marcado como o Dia Internacional da Luta em Defesa da Reforma Agrária, um enorme acampamento foi erguido em frente a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Palmas. A ação reúne cerca de 400 pessoas.
A superintendência do Incra no Tocantins informou à TV Anhanguera que o presidente nacional do órgão e uma comissão, que inclui uma juíza federal, chegarão ao Tocantins para tratar, entre outras demandas, das denúncias de violência no campo.