Integrantes do MST denunciam abordagens policiais violentas no Tocantins

Por
Terezinha Moreira

Integrantes de acampamentos do Movimento Sem Terra (MST) relataram que passaram por situações de agressão por parte de polícias militares durante abordagem no estado. Há registros das equipes cercando o acampamento Beatriz Bandeira, em Caseara, oeste do estado, onde dezenas de famílias reivindicavam direito à terra.


Conforme os relatos, viaturas com sirenes ligadas fizeram rondas no local no feriado da Semana Santa. Um dos integrantes do movimento que prefere não se identificar conta como foi a abordagem policial, considerada violenta.


Em nota, a Polícia Militar informou que segue procedimento legal padrão e que na ausência de decisão judicial que determine o contrário, atua provendo a segurança no local para a restauração da ordem e a manutenção da posse legal e pacífica por quem a detém no momento. Também visa coibir invasões em andamento, “impedir o exercício arbitrário das próprias razões e preservar o estado de fato até que o Poder Judiciário, única instância competente, decida sobre a disputa fundiária” .


O Tocantins tem dez acampamentos do MST atualmente e as denúncias de violência contra integrantes são frequentes. Desde o dia 17 de abril, marcado como o Dia Internacional da Luta em Defesa da Reforma Agrária, um enorme acampamento foi erguido em frente a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Palmas. A ação reúne cerca de 400 pessoas.


A superintendência do Incra no Tocantins informou à TV Anhanguera que o presidente nacional do órgão e uma comissão, que inclui uma juíza federal, chegarão ao Tocantins para tratar, entre outras demandas, das denúncias de violência no campo.


Compartilhe
Por
Terezinha Moreira