O Fórum de Dirigentes de Cooperativas do Acre reuniu nesta sexta-feira, 25, presidentes, diretores e cooperados de mais de 70 cooperativas de diversas áreas, em Rio Branco (AC). O evento, que ocorre das 8h às 13h no auditório da Fecomércio, é uma oportunidade para apresentar os resultados do cooperativismo no estado e discutir os rumos do setor.
O Fórum também conta com a participação de representantes dos Governos Federal e Estadual, promovendo um debate sobre o fortalecimento do cooperativismo no Acre.
Valdemiro Rocha, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras – Seccional – Acre (OCB), em entrevista na manhã desta sexta-feira, 25, ao ac24horas Play, destacou a importância desse movimento.
“É um fórum que está reunindo todas as cooperativas do Estado, mais de 70 cooperativas. Nós vamos debater com o Poder Público Federal, Poder Público Estadual e com as cooperativas o que avançamos nos últimos anos, o que precisamos avançar e o papel do Poder Público Federal e Estadual para que possa trabalhar em sinergia com as cooperativas”, afirmou Rocha.
Em relação aos ganhos para os trabalhadores, Valdemiro destacou que a renda dos cooperados aumentou substancialmente. “Isso depende muito da atividade que o trabalhador desenvolve, mas de uma maneira geral houve um aumento da renda de cada um dos nossos cooperados. O papel da OCB é representar e defender as cooperativas e os cooperados para que eles possam ter acesso às políticas públicas do Poder Público Federal, Estadual e Municipal. E também trabalhar na formação profissional dos dirigentes, dos cooperados e seus familiares”, relatou.
Sobre o reconhecimento do trabalho da OCB pelos governos, Valdemiro destacou que, ao longo dos anos, a entidade tem visto um avanço na compreensão de sua importância. “Nos últimos anos houve sim um reconhecimento do papel das OCBs estaduais. Fizemos pesquisas, e aumentou o conhecimento do papel da OCB, tanto na população de maneira geral, como junto ao Poder Público Estadual, Municipal e Federal”, observou.
Jobson Menezes, da Coopersonhos, destacou os impactos do cooperativismo nas famílias de Marechal Thaumaturgo, especialmente na Resex do Alto Juruá. “O cooperativismo na nossa cidade, principalmente na Resex, ajudou muito as famílias. Através dele, mudamos a vida das pessoas, especialmente seringueiros que trabalham com látex. A cooperativa compra produtos da agricultura familiar e conseguimos melhorar a situação dessas famílias”, pontuou.
Jobson também detalhou a melhoria de renda para os cooperados. “Durante esses dois anos que compramos os produtos das famílias, posso afirmar que a renda melhorou em 80%. A gente movimentou de setembro a janeiro quase um milhão de reais só em produtos da agricultura familiar de setembro até janeiro”, revelou.
Em Cruzeiro do Sul, Adalto Messias, cooperado local, ressaltou o impacto do cooperativismo na inclusão dos produtores rurais em programas do governo e a melhoria na qualidade dos produtos. “Com o cooperativismo, os produtores rurais conseguem acessar programas do governo federal e estadual, o que seria muito difícil sozinhos. E a gente tem visto uma mudança significativa na vida desses produtores. Eles melhoram a qualidade do que estão produzindo e conseguem adquirir bens como motos e carros, e até reformar suas casas”, salientou.
Adalto também relatou que a melhoria na renda foi notável, com um aumento estimado de 70% a 80% para os produtores cooperados. “Ano passado trabalhamos com os programas PNA e PAA da Conab, e vimos produtores adquirindo motos, carros, e até fazendo reformas nas suas casas. Isso traz dignidade para o produtor”, encerrou.
