Fotos: David Medeiros/ac24horas
A tradicional Feira da Economia Solidária, localizada no Novo Mercado Velho, tem enfrentado dias de baixa movimentação. Segundo os feirantes, a queda nas vendas está diretamente ligada às obras na região da passarela Joaquim Macedo, que além de isolar parte do espaço, tem afastado a clientela que costuma circular pelo local.
As intervenções, necessárias devido a problemas de erosão na área, fizeram com que uma parte significativa da região fosse isolada para garantir a segurança de comerciantes e visitantes. Porém, para quem depende do movimento diário para garantir o sustento da família, as reformas têm trazido dificuldades. “A obra deu uma impressão de que está tudo abandonado aqui, e muita gente deixou de vir”, relata um dos feirantes.
Elisete Silva, artesã há mais de 20 anos e uma das pioneiras da feira, faz um apelo: “Nós estamos tendo muita dificuldade de venda. Então eu queria fazer uma pedição ao nosso governador lindo e maravilhoso, que apresse essa obra aí para ajudar nós, que nós somos mães e pais de família”, disse.
Fotos: David Medeiros/ac24horas
Além das reformas, a divisão dos pontos de venda também tem contribuído para a diminuição do fluxo de clientes. Com uma parte dos feirantes remanejada para um novo espaço ao lado da Biblioteca Pública, o público agora se divide entre os dois locais. “A gente percebe que com a feira dividida, o movimento fica mais fraco pra quem ficou aqui. Muita gente acha que não tem mais nada funcionando”, explica um vendedor de alimentos, que lamenta a redução na procura pelos lanches tradicionais.
Apesar das dificuldades, os feirantes seguem firmes, oferecendo uma grande variedade de produtos artesanais, plantas, comidas típicas e opções de presentes para datas comemorativas, como o Dia das Mães. Bonecas confeccionadas à mão, peças em cipó e madeira, artesanato indígena e flores naturais são alguns dos itens que ainda podem ser encontrados no local.
“A gente continua aqui, trabalhando e esperando que o movimento volte ao normal. Nossas peças já viajaram o Brasil e até foram para o exterior, mas nesse momento precisamos desse apoio pra manter nosso trabalho”, reforça uma artesã.
Enquanto as obras seguem em andamento, os comerciantes esperam que a revitalização traga de volta o público e devolva ao Mercado Velho o movimento que fez do espaço um ponto turístico e cultural importante de Rio Branco.
A Feira da Economia Solidária permanece de portas abertas e convida a população a prestigiar os produtores locais, reforçando a importância de valorizar o artesanato e a cultura regional.
“O Dia das Mães está vindo aí, não esqueça de visitar a gente, não há nada melhor do que você dar um artesanato de presente”, conclui Elisete Silva.