Com estrutura técnica viabilizada, modelo de sucesso testado, apoio dos governos federal e estadual garantido e sem qualquer custo para as prefeituras, o Acre tem agora a chance de encerrar de vez os lixões e iniciar uma nova era na gestão ambiental dos seus municípios. Falta apenas um gesto: a assinatura do consórcio. Por isso, o senador Alan Rick (União Brasil–AC) reuniu, nesta terça-feira (23), em Brasília, 21 dos 22 prefeitos acreanos com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
A proposta, inspirada na experiência bem-sucedida do Amapá, prevê o fechamento definitivo dos lixões a céu aberto, a criação de unidades regionais de tratamento e o fortalecimento da economia circular, com geração de empregos, renda e ganhos ambientais concretos.
Durante a reunião, o ministro Waldez Góes explicou que o primeiro passo é autorizar a modelagem técnica, uma etapa custeada integralmente com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS). Assim como no Amapá, os custos serão absorvidos na estrutura da concessão, sem impacto financeiro direto para os municípios.
O governador Gladson Cameli já assinou o ofício que garante formalmente a participação do Estado. Todas as garantias institucionais estão na mesa. O caminho está traçado. Basta seguir em frente. “O projeto está pronto. Os recursos estão assegurados. O Acre já fez sua parte. Agora é hora de decisão. Estamos falando de saúde pública, meio ambiente e desenvolvimento. É hora de virar essa página”, afirmou Alan Rick.
A maioria dos prefeitos presentes manifestou apoio imediato à continuidade do consórcio e cobrou a assinatura do contrato pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que preside o CINRESO (Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Acre). O documento, elaborado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, está pronto desde novembro de 2024 e aguarda apenas sua autorização para que a estruturação técnica comece.
O prefeito Jerry Correia, de Assis Brasil, foi enfático.”O consórcio é formado por 22 municípios. Não é justo que uma única assinatura esteja travando o futuro de todos. Respeitamos o prefeito Tião Bocalom, mas entendemos que deve prevalecer o melhor para o Acre.”
O prefeito de Porto Acre, Maximo Costa, reforçou o apelo. “Já passamos da hora de tomar uma decisão. O projeto foi muito bem explicado pelo ministro. Não dá mais para empurrar com a barriga.”
A prefeita Rosana Gomes, de Senador Guiomard, pediu esclarecimentos sobre os encaminhamentos e cobrou celeridade nos próximos passos.
“Queremos encaminhamentos práticos. A população espera por soluções.”
A proposta prevê o encerramento dos lixões ainda ativos em 21 dos 22 municípios acreanos, o cumprimento da legislação ambiental, a criação de empregos formais, a valorização urbana e a melhoria das condições sanitárias da população. A modelagem técnica será conduzida pelo MIDR e segue os parâmetros do novo marco legal do saneamento.
O senador Alan Rick encerrou o encontro com um apelo direto. “Estamos oferecendo uma solução pronta. Cabe agora a quem lidera o consórcio assinar o contrato e permitir que o Acre avance. O tempo da omissão já passou. Agora é tempo de ação.”