A não ser que aconteça algo de extraordinário, um ponto fora da curva, o cenário da eleição do próximo ano para o governo está formado. O campo da direita vai para a eleição entre duas candidaturas, do senador Alan Rick (UB) e Mailza Assis (PP), ambos bolsonaristas declarados. No campo progressista dos partidos da esquerda é de centro, o nome que desponta para participar da eleição é o do vereador André Kamai (PT). Kamai entra na disputa com o seu partido vivendo um mau momento político no estado e vai tentar resgatar na campanha os feitos dos governos petistas. Mailza será a candidata do poder, com a estrutura do governo embalando a sua candidatura. Fará a defesa das conquistas do governo que ela participa. Alan deve fazer uma campanha (se imagina) se mostrando como um político que trouxe muitos recursos para o estado e que será o novo em termos de gestão. Tem ainda dois nomes em stand by, do prefeito Tião Bocalom (PL) e do deputado Nicolau Júnior (PP), mas ambos dependem de uma reviravolta no atual quadro das candidaturas. Na base de uma conclamação da direita para ser um nome de unidade. Algo nada fácil. Mas nenhum dos nomes citados será o personagem principal da campanha do próximo ano. Ele será sua majestade, o eleitor. Portanto, é cedo, muito cedo para se apontar um favorito. O amanhã na política, é sempre indecifrável.
PRECISA DE MANDATO
Que o Marcus Alexandre (MDB) tem votos pessoais, já mostrou nas várias eleições que disputou, mas precisa de um mandato para solidificar sua liderança. No político sem mandato, nem o vento bate nas costas.
PUNIR GAZETEIROS
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Joabe Lira (PL), tem uma fórmula fácil para punir os vereadores que atrasam o início das sessões: desconto salarial pela ausência ou por atraso das sessões.
FORA DA PRATELEIRA
Na política, você só oferece o que se tem na prateleira. Oferecer secretaria antes de ganhar uma eleição, é como jogar na Mega Sena. Pode dar certo ou errado. Paredes têm ouvidos.
QUASE TUDO CERTO
A mídia nacional tem dado como certa a fusão entre o PSDB e o PODEMOS, que pode ser anunciada em breve. No estado não mexeria no quadro sucessório, porque ambos partidos são da base de apoio do governo.
GESTO ECUMÊNICO
A secretária Gabriela Câmara, do ITERACRE, mesmo sendo evangélica de raiz, emitiu uma nota de pesar pela morte do Papa Francisco. Um belo gesto ecumênico neste mar de radicalismo religioso odioso.
NÃO TERÁ FACILIDADE
Montar uma chapa com nomes sem expressão para a Câmara Federal, é fácil. O presidente do Republicanos, deputado federal Roberto Duarte, terá dificuldades para montar uma chapa que some 50 mil votos, para eleger um parlamentar. Os nomes citados até o momento não são essa Coca-Cola toda. Na verdade, Duarte quer nomes que trabalhem pela sua reeleição.
TIRO NO PÉ
A formação da Federação PP-UB é um tiro no pé dos dois partidos, se olhando para a formação da chapa para a Câmara Federal. Se não acontecer a Federação, cada um pode lançar nove candidatos, o que daria uma soma de 18 nomes. Com a Federação poderia lançar apenas nove candidatos a deputado federal.
NÃO REPETE
A União Brasil e o PP tem cada um três deputados federais, num total de seis. Numa Federação, é muito difícil e improvável que repita a eleição dos atuais seis parlamentares com apenas nove candidatos.
CHAPA PRONTA
Saindo a Federação, a chapa para deputado federal estaria pronta, com os seguintes nomes: Socorro Neri, José Adriano, Zezinho Barbary, Eduardo Veloso, Coronel Ulysses, Meiri Serafim, Fernanda Hassem, Fábio Rueda e Lucilene da Droga Vale. Dez no total, um tem que sobrar. Só pode ter nove. E este time, se estourar na votação, elegeria no máximo quatro para a Câmara Federal. Quatro pegariam a Balsa para Manacapuru. Os outros partidos não vão disputar a eleição com as mãos amarradas e vão eleger seus deputados federais. É óbvio.
VANTAGEM FINANCEIRA
Numa disputa do porte da chapa acima, os detentores de mandatos entram na briga por vagas com uma boa vantagem financeira, no mínimo viriam cada um com 5 milhões de reais do Fundo Eleitoral. Por baixo.
QUADRO PINTADO
Na mesma pisada da Câmara Municipal de Rio Branco- que teve uma ampla renovação; na ALEAC pode se esperar a mesma batida. A atual legislatura – com algumas exceções – ficou muito a desejar, sem debates e de capitulação quase total ao governo.
SÓ NUMA EXCEPCIONALIDADE
Um dos mais próximos aliados do prefeito Tião Bocalom disse ontem ao BLOG, que não crê na hipótese da disputa do governo, porque o cenário que moveria a candidatura seria o Alan Rick (UB) e a Mailza Assis (PP), não sendo candidatos a suceder o Gladson. E isso não deve ocorrer.
FORA DA DISPUTA
Nem os bolsonaristas mais radicais ainda acreditam que o ex-presidente Bolsonaro possa ser candidato em 2026. Seus problemas jurídicos (réu no STF e inelegível) e com delicado quadro de Saúde, o afastam do cenário. Se pudesse disputar, seria ainda o melhor nome da direita.
CONTABILIDADE DO PSD
Nas conversas que a direção do PSD vem tendo para a montagem de uma chapa de candidatos a deputado estadual, a promessa que é jogada na mesa é a de que não terá ninguém com mandato na chapa, como forma de atração de nomes novos.
TUDO OU NADA
Os adversários nem sonhem com um Jorge Viana (PT) na campanha para o Senado, sem uma forte estrutura. Jorge sabe que, se perder esta eleição, terá dificuldade no futuro para conseguir um mandato. Sabe, também, que a sua hora é esta. Tudo ou nada.
NOME EM ASCENSÃO
A vereadora Izabelle Araújo (Republicanos) é um nome novo que vem se firmando na Câmara Municipal de Brasiléia, com uma atuação independente e incisiva. Na política, a renovação é essencial para oxigenar o aparecimento de novas lideranças. Elogiável seu primeiro mandato.
PROVISÓRIO É PROVISÓRIO
Quando alguém é contratado para o serviço público como “provisório” – como o nome diz – não é para ficar em definitivo no cargo. Vamos parar com essa hipocrisia política de condenar o gestor, quando os contratos se encerram, querendo que os “provisórios” permaneçam, através de um jeitinho com cheiro de politicagem.
ESPERANDO O CENÁRIO
Vejo comentários de que o governador Gladson Cameli entrou num mutismo quando se trata da eleição do próximo ano. A cautela é necessária. Sabe que, o que vai definir o cenário de 2026, e se será ou não absolvido pelo STJ. Este é o nó da questão.
TODOS PARADOS
Por causa dessa indefinição, é que dirigentes de vários partidos estão retardando declarar apoio aos nomes postos até aqui para o governo.
FRASE MARCANTE
“Se o adversário é uma formiga, trate-o como um elefante”. Ditado turco.