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Kamai, nome novo na disputa

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

O chamado campo progressista, formado por partidos de esquerda e de centro, não vai ficar sem candidato próprio ao governo do estado, na eleição do próximo ano. O vereador André Kamai (PT), foto – que vem sendo um dos destaques da nova formação da Câmara Municipal de Rio Branco, disse ontem, em resposta a uma pergunta endereçada pelo BLOG, que se sentirá honrado se vier a ser convidado pelo seu grupo político para ser candidato ao Palácio Rio Branco. Destacou que conversas já aconteceram neste sentido. Kamai diz que o muito que foi feito pelos governos petistas são bandeiras que devem ser lembradas. Mas não é descartado que outros nomes venham a ser discutidos. O candidato, necessariamente, não deve ser do PT, já adiantou em falas passadas o ex-senador Jorge Viana. Mas tudo caminha para que o nome ao governo venha mesmo ser o do vereador Kamai, por ele ser um jovem com bom discurso e disposto a entrar na eleição para defender o legado do PT e novas propostas, com forte oposição ao atual governo do PP. O surgimento de um terceiro nome é uma alternativa ao eleitor, que não quer votar nos candidatos da direita, Alan Rick (UB) e Mailza Assis (PP).


SEM GRAÇA


O surgimento do vereador André Kamai (PT) para disputar o governo, coloca no centro do debate um nome de oposição ao governo do Gladson Cameli. Uma eleição sem oposição ia ficar sem graça, porque viraria um plebiscito de candidatos da direita.


MULHER NO JOGO


Faço o registro como positivo toda vez que aparece uma mulher sendo candidata a cargo eletivo, porque as mulheres são maioria no eleitorado e têm pouca representatividade na política. A vereadora Lucilene da Droga Vale (PP), decidiu disputar uma vaga de deputada federal pelo partido. O anúncio foi feito ontem ao BLOG pelo seu marido, o deputado André da Droga Vale (PODEMOS).


NÃO VAI RECUAR


Pelas informações que tenho, o fato de não liderar as pesquisas, não terá força para fazer a vice-governadora Mailza Assis (PP) desistir de disputar o governo na eleição do próximo ano. A avaliação dos seus apoiadores, é que na campanha estará no governo, já que o governador Gladson se afastará para disputar o Senado. Esqueçam a Mailza recuar.


FICOU NO NOME


O PDT será na próxima eleição apenas um espectro da força política que teve no estado. Não elegeu um vereador na capital e deverá perder os deputados Pedro Longo (PDT) -vai para o PSDB disputar um mandato de deputado federal; e a Michelle Melo (PDT), que tende se filiar ao MDB, para ser candidata à reeleição.


BRANCAS NUVENS


Quem vai tentar voltar para a Câmara Federal na eleição de 2026, é o ex-deputado federal Jesus Sérgio. Foi um parlamentar apagado. A sigla pela qual disputará deve ser o PODEMOS, onde o presidente Ney Amorim trabalha para montar uma chapa competitiva. Ney vai buscar um mandato para o parlamento federal.


FATOS DISTINTOS


O governo do Gladson Cameli não é medíocre, mas também não é espetacular, é feijão com arroz. Mas, quando se trata da figura do Gladson, neste ponto tem nota máxima pelo seu carisma, que o coloca nas pesquisas sempre com muito boa avaliação para a disputa do Senado, onde vai entrar como favorito. Uma coisa é o governo do Gladson e a outra é a pessoa do Gladson. São fatos distintos.


PODE ESQUECER


O prefeito Tião Bocalom esqueça ser o candidato único ao governo da direita. Não existe nenhum indício neste sentido. O senador Alan Rick (UB) e Mailza Assis (PP) não devem recuar de suas candidaturas ao governo. Se quiser entrar é para disputar com ambos no páreo.


FICAM COM O PODER


O próximo governador, seja ele quem for, não deve se preocupar com o apoio político na Assembléia Legislativa. A maioria dos deputados que se elegerem, estarão na base parlamentar de quem vencer a eleição. Sempre foi e será assim.


DISPUTA DA ALEAC


Quem vai para a disputa por uma vaga de deputado estadual no próximo ano, é o vereador Zé Lopes (Republicanos), uma das gratas revelações da nova safra de vereadores, exercendo um mandato com independência, porque fez questão de não ter cargos na PMRB.


DESCULPA SURRADA


O PT se encontra há mais de quatro anos fora da prefeitura de Rio Branco. Não cabe mais acusar as gestões petistas pelo caos no sistema de transporte coletivo da capital. A atual gestão é quem tem que resolver o problema. A desculpa da PMRB é surrada.


CHANCE CONCRETA


A deputada Michelle Melo (PDT) admitiu ontem ao BLOG que poderá disputar a reeleição pelo MDB, partido com o qual diz se identificar. Cumpre um bom mandato.


BEM AVALIADA


O bom gestor se conhece na dificuldade. A prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes, pegou a prefeitura destroçada, equilibrou as finanças, tirou o município das manchetes dos escândalos, e é hoje muito bem avaliada nas pesquisas.


TEMPO DAS VACAS MAGRAS


O PCdoB tinha a maior militância da Frente Popular ao longo dos governos petistas. Estava presente na Câmara Municipal de Rio Branco, na Câmara Federal, dois deputados estaduais, e hoje vive seu tempo das vacas magras, com apenas um parlamentar na ALEAC. É improvável que volte à ribalta de outrora.


DISPUTA DESIGUAL


É difícil para quem será candidato a deputado federal, novo; enfrentar quem já tem mandato, porque este já vem com no mínimo quatro milhões de reais na conta para a campanha, oriundos do famigerado Fundo Eleitoral e seus bilhões. É uma disputa desigual.


PAPA DA CONCILIAÇÃO


O Papa Francisco foi um religioso que sempre defendeu a reconciliação, enfrentou setores tradicionalistas da Igreja Católica, foi um renovador, lutou por avanços, e deu uma cara de humildade ao seu pontificado. Um Papa que deixa saudade.


APOIO DA IOLANDA


A ex-governadora Iolanda Lima, a primeira mulher a governar o Acre, é uma das defensoras da candidatura da vice-governadora Mailza Assis ao governo. Ambas se relacionam bem.


FARÁ JUSTIÇA


O governador Gladson Cameli fará justiça se der ao Arena da Floresta o nome do ex-presidente da Federação de Futebol do Acre, Antônio Aquino, a quem o futebol acreano muito deve.


FRASE MARCANTE


“Se uma pessoa é gay, busca o senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la”. Papa Francisco.


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Luis Carlos Moreira Jorge