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“Foi farol, viveu o Evangelho até o último minuto”, diz Edvaldo sobre Papa Francisco

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Na retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) após o feriado prolongado, nesta terça-feira, 22, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) comentou a morte do papa Francisco. O parlamentar propôs uma sessão de homenagem ao líder religioso, que, segundo ele, “chocou o mundo cristão” com sua partida.


“Olha, a notícia do passamento do papa Francisco chocou o mundo cristão. Não apenas os católicos, mas todos aqueles que acompanharam a trajetória do papa Francisco, de uma forma ou de outra, estavam também contagiados com a forma como ele lidou com o seu papado”, declarou o parlamentar ao vivo durante entrevista ao Boa Conversa – Edição Aleac.


Magalhães destacou a postura do papa diante dos desafios da humanidade e sua proximidade com os mais pobres e excluídos. “Ele buscou se aproximar dos excluídos, inclusive no tratamento do cotidiano da própria igreja. A sua presença também era uma presença marcada por uma opção preferencial pelos mais pobres, pelos setores mais excluídos, chamando a igreja, chamando os cristãos à reflexão, que é a reflexão da prática daquilo que está na Bíblia, a prática de Jesus Cristo”, observou.

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O deputado enfatizou o modo de vida simples adotado por Francisco e seu compromisso com temas sociais e humanitários. “O seu exemplo era o maior testemunho das suas convicções. O papa, sem utilizar, digamos assim, das condições e dos cômodos confortáveis, optando por uma vida simples. Esse exemplo moveu, por década e meia, a igreja católica e contagiou os demais cristãos”, ressaltou.


Edvaldo também destacou o papel ativo do pontífice em temas de relevância global. “Ele foi um papa da inclusão, do diálogo com todas as religiões, mas um papa que não se omitiu. Ele denunciou as guerras, cobrou de forma permanente. Inclusive, na última homilia dele, na mensagem de Páscoa, tratou das guerras, tratou do genocídio na Palestina. Então, um homem que viveu até o último minuto o Evangelho de Jesus Cristo”, ponderou.


Sobre as medidas da Assembleia Legislativa em respeito à memória do papa, o deputado informou que pretende sugerir uma sessão solene. “Acho que nós temos que homenagear, dentro daquilo que está estabelecido no nosso regimento, o papa Francisco. Eu vou sugerir, quero conversar com o presidente, estou aguardando a chegada do presidente da casa [Nicolau Júnior] para que a gente possa conversar sobre isso. Acho que nós podemos, sim, fazer aqui uma sessão de homenagem ao papa Francisco até o seu interno, que será na próxima semana”, pontuou.


Questionado sobre a influência do pontífice diante dos grandes líderes mundiais, Magalhães foi categórico ao dizer que suas mensagens incomodavam os poderosos. “Na verdade, a fala do papa sempre é uma fala do chamamento à reflexão, o chamamento de que é possível você viver num mundo de paz. Todos os conflitos, se for priorizado o diálogo, são evitáveis. Portanto, joga uma verdade que incomoda. Quando incomoda muito, porque as disputas de poder não são disputas justas, os poderosos também não atendem. Isso também incomoda”, destacou.


Para Edvaldo Magalhães, o legado do papa Francisco deve ser lembrado não apenas com lamentos, mas com ações que perpetuem seus ensinamentos. “Merece de todos nós, não apenas lamentar a sua partida, mas a gente fazer todas as homenagens, porque o papa foi farol”, afirmou.

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A semana na Aleac começou com um ritmo mais lento devido ao feriado prolongado, mas, segundo o deputado, os debates devem se intensificar nos próximos dias. “Quando tem um feriado no começo, sempre turva um pouco o início dos trabalhos. Mas aqui também é assim, começa devagar e se agita”, encerrou.


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