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Convocação para conclave: Veja como estão espalhados os cardeais pelo mundo

Cardeais se reúnem no Vaticano para participar do Conclave para a eleição de um novo Papa na Capela Sistina em 12 de março de 2013 • L'Ossservatore Romano - Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images
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Os cardeais da Igreja Católica foram convocados para se reunir após a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21). Eles irão se preparar para realizar o conclave — o processo de escolha do próximo pontífice.


O decano do Colégio dos Cardeais, reverendo Giovanni Battista, enviou aos cardeais a carta de convocação. Segundo o documento, a primeira reunião do grupo será às 9h da manhã (no horário local) desta terça-feira (22).


Os encontros são programados durante a sede vacante — também conhecida como um período de “trono vazio” — quando a Sé Apostólica, a sede da Igreja de Roma, é administrada pelo camerlengo, um cardeal que exerce uma função parecida com a de assistente do papa.

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Segundo o texto da convocação, as reuniões ocorrem em preparação para o conclave. O primeiro encontro será nesta terça-feira (22), às 9h do horário local, no Salão Sinodal do Vaticano — um espaço na Basílica de São Pedro, utilizado principalmente para a realização de reuniões importantes da Igreja Católica


Configuração atual do Colégio de Cardeais


Desde 1379, o papa sempre é eleito entre os cardeais do Colégio de Cardeais, o grupo que vota no conclave, restrito também àqueles com menos de 80 anos.


A Igreja Católica possui atualmente 135 cardeais com menos de 80 anos e aptos a votar. O Brasil é o terceiro país com o maior número de cardeais votantes (7).


Na lista, a Itália lidera com 17 cardeais, seguida pelos Estados Unidos, com 10 religiosos.

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Imagem: Reprodução

Lista de cardeais votantes por país


Imagem: Reprodução

Afinal, o que é o conclave?


A palavra conclave vem do latim “cum clavis” que significa fechado com chave e se refere à prática de confinar os cardeais para permitir que eles escolham um novo papa sem interferência externa.


A seleção de um novo papa é um processo de votação antigo e altamente secreto. Há mistério, ritual e tradição cercando a eleição, que é, especialmente, um processo político.


Para evitar lobby externo e garantir que os cardeais sejam livres para escolher quem eles acham que é o melhor homem para o trabalho, os conclaves acontecem em estrita confidencialidade, com os participantes “isolados” do mundo.


Eles são proibidos de falar com qualquer pessoa fora do processo, o que pode levar vários dias. Também não podem ler relatórios da mídia ou receber mensagens.


Tecnicamente, qualquer homem “católico romano” pode ser eleito papa. O especialista em Vaticano da CNN, John Allen, explica que qualquer pessoa elegível para ordenação ao sacerdócio católico – portanto, um homem solteiro – poderia ser eleito papa.


Muitos dos cardeais são bispos e arcebispos nomeados pelo papa para auxiliar em questões religiosas. Alguns trabalham no Vaticano, mas a maioria está espalhada pelo mundo administrando dioceses ou arquidioceses.


Quando chega a hora do conclave, todo cardeal com menos de 80 anos viaja para Roma para participar da reunião, pois o voto é presencial.


O conclave não deve começar antes de 15 dias, nem depois de 20 dias, após a morte do papa — isso significa que no caso do falecimento de Francisco, a expectativa é que ele deve ocorrer entre os dias 6 e 11 de maio.


Funcionamento do processo da votação


Depois que os cardeais chegam ao Vaticano, o conclave começa com uma missa matinal especial na Basílica de São Pedro. Eles caminham até a Capela Sistina para começar o processo da eleição.


A votação é realizada a portas fechadas, e o sigilo é rigorosamente guardado. A capela é verificada em busca de câmeras e microfones escondidos, e os cardeais não têm permissão para falar sobre os procedimentos com ninguém de fora do grupo. Se o fizerem, podem ser excomungados.


O jornalista Jonathan Mann explicou para a CNN Internacional os rituais que acontecem dentro da Capela Sistina. A votação acontece em cédulas de papel distribuídas a cada cardeal, que escreve o nome do candidato escolhido abaixo das palavras em latim “Eligo in Summun Pontificem” (“Eu elejo como pontífice supremo”).


Pela regra, os cardeais não podem votar em si próprios e os votos são anônimos.


Quando terminam, cada cardeal — em ordem de senioridade — caminha até um altar para colocar cerimoniosamente sua cédula dobrada em um cálice. Os votos são então contados e o resultado é lido para os cardeais.


Se um cardeal receber dois terços dos votos, ele se torna o novo papa.


Fumaça branca indica resultado


Fumaça branca é vista do teto da Capela Sistina, indicando que o Colégio dos Cardeais elegeu um novo Papa em 13 de março de 2013 na Cidade do Vaticano, Vaticano • Peter Macdiarmid/Getty Images

Não se pode entrar na Capela Sistina, porém fiéis e jornalistas ficam sabendo do resultado por meio da cor da fumaça que sai do telhado do Vaticano.


As cédulas são queimadas após as votações, uma vez pela manhã e uma vez à tarde.


Caso um papa não tenha sido escolhido, as cédulas são queimadas junto com um produto químico que deixa a fumaça preta.


No entanto, se a fumaça que sair do telhado for branca, isso significa que os católicos do mundo terão um novo chefe da Igreja.


O momento é sempre de muita festa para os milhares de fiéis que esperam o processo no Vaticano.


Tradicionalmente, cerca de 30 a 60 minutos após a fumaça branca, o novo papa aparecerá na sacada com vista para a Praça de São Pedro.


O novo pontífice então falará brevemente e fará uma oração. Dias depois da eleição, o papa assume formalmente o cargo.


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