A Justiça de Roraima concedeu nesta semana prisão domiciliar ao ex-senador Telmário Mota, após pedido da defesa. O advogado Eduardo Rodrigues argumentou que o político enfrenta problemas de saúde e não vinha recebendo o tratamento adequado no sistema prisional.
Telmário foi condenado a oito anos e dois meses de reclusão por importunação sexual contra a própria filha e por oferecer bebida alcoólica a menores de idade, crime previsto no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O ex-senador estava preso desde outubro de 2023, também sob suspeita de envolvimento na morte da ex-mulher, Antônia Araújo de Sousa, assassinada com um tiro na cabeça em setembro de 2023, em Boa Vista.
De acordo com laudo médico apresentado à Justiça, Telmário sofre de transtorno depressivo, além de outros problemas de saúde, como miocardiopatia hipertrófica assimétrica, apneia do sono, hipertensão e gastrite.
O desembargador Ricardo Oliveira acatou o pedido da defesa e determinou o uso de tornozeleira eletrônica, além de proibir o réu de deixar sua residência sem autorização judicial. “Restou demonstrado que o paciente necessita de acompanhamento médico específico, o qual não vem sendo devidamente ofertado no sistema prisional”, destacou na decisão.
Telmário Mota foi senador por Roraima entre 2015 e 2023. Tentou a reeleição em 2022, mas não obteve sucesso. À época, era filiado ao Solidariedade, partido que posteriormente deixou.