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Família de vítima fatal de acidente cobra abertura de inquérito para condutor e policiais que atenderam ocorrência

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Da redação ac24horas

Familiares de Macio Pinheiro, vítima fatal de um grave acidente de trânsito ocorrido na última quinta-feira (17), na Via Verde, em Rio Branco, cobraram a abertura de inquérito tanto contra o condutor da caminhonete envolvida quanto contra os policiais que atenderam à ocorrência.


Durante o velório, nesta sexta-feira (18), parentes e amigos pediram justiça e questionaram a conduta dos agentes públicos no atendimento à ocorrência.


Segundo relatos da família e de testemunhas, o motorista da caminhonete, que teria provocado a colisão com três motocicletas, não teria passado por todos os procedimentos legais previstos, como o teste do bafômetro, e foi liberado ainda no local do acidente.


“Nós, como família, esperamos que seja aberto o inquérito, a investigação formal, não somente do condutor, mas também da ação dos policiais presentes no local”, disse Daniele Caroline, sobrinha da vítima.


Ainda de acordo com a sobrinha, “a PRF alega que todos os procedimentos foram realizados corretamente, inclusive o bafômetro, mas todas as testemunhas presentes afirmam que isso não aconteceu. Eles apenas pediram o carro e retiraram o condutor do local”, disse.


Ela também questionou o fato de o motorista não ter sido levado à delegacia para prestar esclarecimentos. “Mesmo com vítima fatal, o condutor não foi conduzido à delegacia. Isso não é correto. A família precisa de respostas, principalmente porque há informações de que ele estava bebendo antes do acidente”, completou.


Shirley Fernandes, outra sobrinha de Macio, se emocionou ao falar sobre a perda. “Ele não merecia partir dessa forma. A família quer justiça”, afirmou a jovem, visivelmente abalada.


Sindicato se manifesta


Em entrevista ao ac24horas, representantes do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Acre (SINPRF) afirmaram que os procedimentos adotados no local seguiram os protocolos legais. Segundo Gabriel Pacheco, do setor jurídico do sindicato, quando a equipe da PRF chegou, a Polícia Militar já prestava os primeiros atendimentos.


“Foi realizado o atendimento das vítimas, a sinalização da via e a identificação dos envolvidos. O motorista da caminhonete realizou o teste do etilômetro, que deu resultado negativo. A condução do condutor até a delegacia não foi possível por falta de efetivo”, explicou Pacheco.


Ele também destacou que, conforme a legislação, o motorista não seria preso em flagrante por ter prestado socorro às vítimas.


Ainda de acordo com o sindicato, caso houvesse uma segunda equipe disponível, o condutor teria sido encaminhado à delegacia para os procedimentos cabíveis. A PRF reafirma que todos os protocolos legais foram seguidos durante a ocorrência.


Veja o vídeo:

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