O deputado federal Coronel Ulysses adotou uma postura firme ao se pronunciar por meio de vídeo nas redes sociais, nesta quinta-feira (17), sobre o acidente ocorrido nas proximidades da terceira ponte, em Rio Branco, que resultou na morte de um trabalhador e deixou outros três gravemente feridos.
Na publicação, o parlamentar acusa diretamente os policiais rodoviários federais que atenderam a ocorrência de acobertarem o motorista causador do acidente, identificado pelo deputado como Talysson da Silva Duarte.
“Os policiais se prevaricaram. No meu entendimento, cometeram crime sim. Inclusive, auxiliando ele na fuga”, afirmou o deputado. Ulysses contestou a versão dada inicialmente pela PRF, que informou ter retirado o condutor do local por segurança, para evitar possível agressão por parte da população. Segundo o parlamentar, testemunhas relataram que não houve qualquer tentativa de linchamento e que Talysson estaria sob efeito de álcool.
O parlamentar relatou ainda que a PRF o informou que o motorista teria sido apresentado na Delegacia de Flagrantes. No entanto, isso não ocorreu. Segundo ele, os próprios policiais ligaram para o suspeito e ouviram do outro lado da linha que ele não iria se apresentar naquele momento. “Ligaram para o cidadão e o cidadão disse que não ia se apresentar, só posteriormente”, disse no vídeo.
Ulysses chegou a divulgar nas redes sociais que o motorista estaria na delegacia, mas desmentiu a informação na nova postagem. “Eu até fiz uma publicação dizendo que o rapaz estava sendo apresentado na delegacia. E isso é inverídico. A informação não foi verdade. Não aconteceu.”
Na avaliação do deputado, a conduta dos agentes fere gravemente os protocolos de segurança e justiça. Ele afirmou que irá ingressar com uma representação na Justiça Federal contra os policiais envolvidos. As acusações incluem possíveis crimes como prevaricação, condescendência criminosa, falsidade ideológica, além de possíveis responsabilidades administrativa e civil.
“Vamos representar, sim, como deputado federal. Isso é um absurdo. Um procedimento completamente errado. Houve, no mínimo, um homicídio culposo e lesões corporais gravíssimas. O correto era conduzir o cidadão à delegacia”, reforçou o parlamentar.
A vítima fatal do acidente, Márcio Pinheiro da Silva, de 45 anos, era colaborador da empresa VIP, da qual a esposa de Ulysses é proprietária. As outras três vitimas seguem internadas em estado grave.
Assista ao vídeo: