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Luto em dose dupla

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Da Redação

Começamos a coluna de hoje com tristeza em dose dupla, pela perda de dois grandes homens. O empresário José Carlos, da Frios Vilhena e o advogado Antonio Aquino Lopes – Toniquim -, presidente da Federação de Futebol do Acre. Pessoas que amavam o Acre e suas carreiras. Aos familiares e amigos, nossa solidariedade.


Só isso, Lula?

O mundo se acabando em juros altos e o governo Lula projetando passar o salário-mínimo de R$ 1.518 para R$ 1.630 em 2026, com início em janeiro e pagamento em fevereiro. Durma com este presente de grego do sapo barbudo!


Discurso para plateia

O presidente do Imac, André Hassem, precisa explicar ao MP porquê somente 2.260 imóveis rurais, de um total de 52 mil, formalizaram o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Há quem fale que o instituto virou um cabide de empregos com cargos técnicos servindo de indicações para apadrinhados.



Devassa

O MPE também quer saber como Hassem aplicou os recursos do Fundo Amazônia detalhando execução por componente, metas estabelecidas e entregas alcançadas. Para a plateia, a prevenção contra queimadas e desmatamento é modelo.


Fronteira desconhecida

Dos 22 municípios do estado, 17 estão na linha de fronteira. São quase 2 mil quilômetros de divisas com a Bolívia (618km) e o Peru (1.350). Os dois países são responsáveis por mais de 10% de todo o cultivo de coca do mundo. Mais de 90 mil hectares plantados.


Made in México

Há um alerta às autoridades brasileiras da atuação de cartéis mexicanos operando no Brasil espalhando bases pela América do Sul. O Peru teria voltado a ser um polo de atração depois de abrandar regras e instrumentos de combate ao narcotráfico.


Operações da PF

No primeiro trimestre do ano são dezenas de operações da Polícia Federal no Acre, a maioria em combate ao crime organizado colocando o estado como uma nova fronteira para os cartéis de drogas e como rota estratégica para os comandos das facções.



Esclarecendo

Nessa relação entre frigoríficos e produtores de carne, é preciso deixar claro que o alvo correto do problema não é nem a indústria e nem o pecuarista. O bom embate (que sempre vai existir) entre essas duas categorias tem sido intensificado por uma omissão do Estado.


O que defende?

Afinal de contas, o que defende a indústria frigorífica? Os industriários defendem que o Estado cobre a atualização da pauta do boi com o preço de mercado. Em nenhum momento, o presidente do Sindicarnes, Murilo Leite, defendeu que o Estado proíba a saída de bezerros.


Desestimular

O que Sindicarnes defende é que o Estado não permita a evasão de divisas que está ocorrendo com o ICMS sendo pago por um bezerro com valor muito abaixo do praticado no mercado. O que o Sindcarnes defende é que o Estado desestimule a saída. É diferente de proibição.


Claro

Isso ficou claro na reunião que houve na Fieac no início da semana. Reunião esta que, inclusive, teve uma situação constrangedora. O representante da Sefaz contestou os números que foram apresentados pelo pesquisador da Embrapa, Judson Valetim, em estudo fundamentado com dados oficiais do Idaf por meio de um convênio institucional.


Corretos

A contestação não procede. O Idaf confirma os dados apresentados pelo pesquisador da Embrapa. Os números apresentados por Valentim estavam corretos. Aliás, como sempre. Judson é uma referência. O problema requer equilíbrio.


110%

Um dado apresentado pelo pesquisador. No primeiro trimestre de 2024, saíram do Acre 33.299 cabeças de gado. Sabe quantas cabeças de gado saíram no mesmo período desse ano, leitor? 70.058 cabeças. Um aumento de 110%. Para que não restem dúvidas: dados reconfirmados pelo Idaf.



Vazio

Nesse ritmo, chegará uma hora em que faltará matéria-prima para a indústria frigorífica. Essa é a questão. E frise-se mais uma vez: o setor não defende proibição. Defende que o Estado atualize a pauta pelo preço de mercado.


Empregos

São 3,2 mil empregos diretos. A indústria é o segmento que mais emprega na cadeia produtiva da carne no Acre. Sem contar os mais de R$ 100 milhões de investimentos nos últimos anos, justamente para modernizar e aumentar a capacidade de abate.


Abate

Em 2024, foram abatidas 581.104 cabeças. A projeção para 2025 é de 822 mil, com a reativação do frigorífico de Tarauacá. O próprio Fórum Empresarial já fez as contas. Nesse ritmo de saída de bezerros, haverá déficit de 115 mil animais para abater.


Transparência zero

A base do prefeito Tião Bocalom, na Câmara Municipal, não permite que nenhum secretário seja sabatinado. Para o vereador Eber Machado, “quem deve, teme”. Todos os requerimentos com pedidos de explicação são derrubados integralmente sob a vigilância do cientista social Jonathan Santiago.


A ferrovia

Ganha peso a cada dia o projeto de ligação do Acre com o Peru, via ferrovia. Reunião em Brasília nesta quinta-feira, deixou o coronel Ricardo esperançoso. Mas, levando em consideração a consolidação da Rota Quadrante Rondon, essa parece ser uma ideia para nossos netos e bisnetos desfrutarem. Vale a pena acreditar.


Boa referência

A Justiça Federal de Rondônia proibiu o frigorífico JBS de transportar cargas acima do peso nas rodovias federais de toda região norte. Ou seja, a decisão vale para as nossas rodovias: BRs 364 e 317. A JBS tem empresa na capital, abate 600 cabeças de gado por dia.


E a BR sentido Cruzeiro do Sul?

Enquanto isso, os caminhões com outras cargas continuam transitando acima do peso entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, ajudando a cada dia, dissolver o pavimento de péssima qualidade construído na rota. A lei parece prevalecer em todos os territórios, menos nessa região. Fica a pergunta: quem é o padrinho forte que impede o controle de peso no famoso trecho?


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