Bocalom mira o governo

“Não vou colocar meu nome e não estou colocando de jeito nenhum. Mas se lá na frente a direita se reunir e achar que o meu nome é um bom nome e que ganha a eleição, eu vou. Sempre fui pau para toda obra”. A declaração exclusiva foi dada ontem ao BLOG pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, foto, ao falar sobre a possibilidade de ser candidato a governador em 2026. Mas fez a declaração, com a ressalva que a sua meta continua sendo ser prefeito, porque diz gostar de ser prefeito. Mas com essa sua declaração ao BLOG, o seu nome entra no jogo dos que poderão disputar o Palácio Rio Branco. E lembrando que vem aparecendo até aqui como o melhor posicionado no campo da direita em todas as pesquisas, só perdendo para o senador Alan Rick (UB). O tempo dirá que rumo tomará o Velho Boca.

NÃO SE PODE DESCONHECER

Tenho feito críticas a muitos pontos da gestão do prefeito Tião Bocalom – todas de cunho administrativo, nenhuma pessoal – mas não posso deixar de registrar não conhecer nada que desabone sua conduta de gestor público e ter se tornado uma liderança expressiva da direita acreana, com a sua reeleição em primeiro turno.

HONRAS PARA O TONIQUIM

O pequeno grande guerreiro do futebol acreano, Antônio Aquino, o Toniquim, ficará marcado como o personagem que mais fez pelo futebol acreano. Construiu sem um centavo do governo o estádio Florestão, mesmo contrariando o PT, que estava no poder. Não fosse o Florestão, nos últimos três anos não teria acontecido o campeonato profissional acreano e nem o Acre teria participado de competições nacionais, porque o estádio estadual esteve fechado para reformas. Chegou ao ápice do esporte nacional ao ser o presidente da CBF. Atualmente, era o vice-presidente da entidade. Fora o Florestão, construiu um anexo com mais dois estádios,um deles com os repasses do legado da Copa do Mundo. Não se conhece da sua vida nenhum ato de desonra. Ainda andou tentando trilhar no campo político, mas não foi avante, seu elixir era mesmo o futebol. O futebol acreano está de luto com sua morte. Que Deus o receba com muitas luzes, meu amigo Toniquim. O esporte acreano terá sempre duas fases: uma antes da gestão do Toniquim na Federação de Futebol do Acre, e outra de muita pujança quando presidiu a entidade. O esporte chora sua partida.

NADA QUE EXPLIQUE

Ao não ser um ato de retaliação pessoal, nada que o prefeito Tião Bocalom possa explicar vai justificar a recusa de 1 milhão de reais de uma emenda parlamentar do senador Alan Rick (UB), para a construção de Casas de Farinha. Mesmo porque os grandes prejudicados são os produtores rurais, e não o senador Alan Rick (UB).

DEIXAR PARA OS PALANQUES

O prefeito Tião Bocalom deveria deixar para o palanque eleitoral as suas diferenças políticas com o senador Alan Rick (UB). Não pode recusar recursos por desavenças.

CIDADE DO MEDO

Não seria demais o governo do estado batizar a Cidade do Povo como “Cidade do Medo”, porque os seus moradores vivem aterrorizados com o domínio da área pelos fora da lei. O estado, gostem ou não, perdeu o controle daquela região, e não adianta dourar a pílula para agradar o Gladson. Lá, quem manda é o crime.

VICE POLÍTICO

Não existe nenhum movimento da vice-governadora Mailza Assis (PP), que leve a se pensar que não será candidata ao governo. Pelo contrário, ela é candidatíssima. Sabe que o jogo eleitoral não começou. O que precisa começar a pensar, é no nome de um vice que seja político, que saiba costurar apoios nos bastidores, e não o nome de algum figurão para servir de enfeite. Sem falar que, não tem até hoje um bom coordenador político.

NEM PROCUREM ENTENDER

Que posição o governador Gladson Cameli vai tomar na eleição do próximo ano, é um enigma que nem adianta se tentar decifrar. O Gladson pode mudar o seu rumo político a qualquer momento. Nem tentem entendê-lo: seria uma discussão na base do, que se quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha. O Cameli é indecifrável.

JOGO BEM JOGADO

Quando monta uma sala na ALEAC para servir de ponto de auxílio aos vereadores do interior que buscam a capital para tentar resolver problemas no governo, o deputado Nicolau Júnior (PP) marca um ponto positivo. Se disputar uma eleição majoritária, ele ter o apoio dos vereadores de todos os municípios, é mais que importante. E se disputar a reeleição, também.

NINGUÉM METEU A CABEÇA

Até o momento, o único secretário do governo Gladson que meteu a cabeça dizendo que vai disputar a próxima eleição, foi Ney Amorim. Se existem outros, não meteram a cabeça para fora. Vai buscar um mandato de deputado federal.

VOLTAR PARA A RIBALTA

O secretário Ney Amorim (PODEMOS) vai estar aliado com o grupo do deputado Nicolau Júnior (PP), na próxima eleição. Ney é um forte candidato a deputado federal. Nicolau ou disputará a reeleição ou um cargo majoritário de governador ou de senador, vai depender do cenário de 2026.

FORA DE COGITAÇÃO

Pelo que tenho escutado de lideranças do MDB, existem duas hipóteses nas quais o partido está fora: estar no mesmo palanque do Bocalom e no mesmo palanque do PT.

MUITO IMPROVÁVEL

Para ser eufêmico diria ser muito improvável que o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, dispute o Governo ou o Senado em 2026; na verdade está fora deste jogo. Seu foco é mesmo ser candidato a deputado estadual. A Federal só seria se o MDB conseguir montar uma chapa competitiva. O que não será fácil.

GATO ESCALDADO

É a velha história do gato escaldado que tem medo de água fria. Marcus Alexandre sabe o que é disputar sem recursos um cargo majoritário, como na última eleição para prefeitura da capital, onde tinha tostões e o adversário milhões. Na reta final foi atropelado pelo poder econômico.

ÚNICA POSSIBILIDADE

A única possibilidade real do MDB ter um candidato próprio ao governo em 2026, é caso o senador Alan Rick (UB) se filie ao partido. Mas, isso depende do desfecho da formação de uma Federação entre União Brasil e PP. Que está em fase de discussão.

APOIO NA FRONTEIRA

O senador Sérgio Petecão (PSD) tem um apoio importante no Alto Acre, na corrida para sua reeleição: o prefeito de Brasiléia, Carlinhos do Pelado.

COSTUMA RESSURGIR

O senador Sérgio Petecão (PSD) costuma ressurgir das cinzas, quando todos pensam que ele está morto politicamente. Numa campanha eleitoral costumam acontecer desfechos, como pontos fora da curva.

NOME QUE DISPUTA

O deputado Pedro Longo (PDT) é um nome competitivo e que vai disputar com chance uma vaga de deputado federal no próximo ano. O PSDB é o partido ao qual deve se filiar para encarar a disputa. Longo vem fechando apoios importantes nos bastidores.

ÚNICA MULHER

A ex-deputada federal Mara Rocha (sem partido) deve ser a única mulher a estar na disputa por uma das duas vagas para o Senado, na eleição do próximo ano. Hoje, as três cadeiras de senador pelo Acre estão preenchidas por homens.

FRASE MARCANTE

“A honra é um vestido transparente.” Ditado espanhol.